Rio de Janeiro, 03 de Outubro de 2024

Ministra Cármen Lúcia contradiz Marçal e critica Elon Musk, da rede X

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Terça, 01 de Outubro de 2024 às 21:12, por: CdB

Cármen Lúcia criticou também, durante a entrevista, a posição da rede X (ex-Twitter), do empresário Elon Musk, no Brasil, e argumentou que o bloqueio ocorreu para fazer valer a lei brasileira, que é soberana.

Por Redação – de São Paulo

Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, respondeu nesta segunda-feira a declaração do candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) de que “mulher não vota em mulher”. Na noite passada, durante o programa ‘Roda Viva’, da TV Cultura, Lúcia reiterou a importância da participação feminina como um avanço civilizatório, em contraponto ao que o influenciador alegou no debate entre candidatos realizado naquela noite.

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Presidente do TSE, a ministra Cármen Lúcia confia no sistema de votaçao

— Inteligente é a pessoa que acha que mulheres e homens são iguais em direitos e que tem o direito de participar numa sociedade em que 52% da população brasileira e 52% do eleitorado é de mulheres. Afirmar que uma mulher não vota em mulher realmente seria além de qualquer dado fático — afirmou a ministra.

Cármen Lúcia criticou também, durante a entrevista, a posição da rede X (ex-Twitter), do empresário Elon Musk, no Brasil, e argumentou que o bloqueio ocorreu para fazer valer a lei brasileira, que é soberana.

— Por que que uma empresa acha que pode tratar o Brasil como se o Brasil fosse algo que pode ser absolutamente desdenhado? Num Estado soberano, todos nós, cidadãos, e todos aqueles que atuam aqui, empresas, plataformas, que não deixam de ser empresas, têm que cumprir sim a Lei do país. É assim em todo lugar, o Brasil não é menor, o Brasil não é quintal de ninguém, o Brasil é um Estado soberano que precisa ter o seu direito respeitado para se dar o respeito, e nós fizemos isso — pontuou a ministra.

 

Direito

Cármen Lúcia integra a Primeira Turma do Supremo, que se manifestou no início de setembro de forma unânime para manter a suspensão ao ex-Twitter no Brasil, como determinado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Ela afirmou em seu voto que “não se baniu empresa no Brasil na decisão em exame, não se excluiu quem quer que seja de algum serviço que seja legitimamente prestado e usado. Exigiu-se o cumprimento do direito em benefício de todas as pessoas, por todas as pessoas naturais ou jurídicas, nacionais e não nacionais”.

A rede está bloqueada há um mês, após Musk não atender a decisão monocrática de Moraes para indicação, em 24 horas, de representante legal no país.

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