A operação policial para capturar Glas, na noite de 5 de abril, horas depois de o México lhe ter concedido asilo político, foi condenada por trinta países e organizações mundiais e regionais como as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA).

O objetivo era atacar serviços públicos durante o período eleitoral. Maduro pediu “alerta máximo” às Forças Armadas e aos serviços de inteligência do país pela “paz e segurança na Venezuela”.

Medida é resultado de imbróglio envolvendo aeronave da estatal venezuelana que governo da Argentina liberou para os EUA. O governo Milei reagiu à medida de Maduro, chamando Maduro de ‘ditador.

O envio ocorre após uma visita de um secretário de Relações Exteriores britânico à Guiana no início deste mês, com o objetivo de oferecer o apoio ao país sul-americano, um aliado e ex-colônia britânica.

A Venezuela organizou um referendo consultivo em 3 de dezembro. A votação aprovou a criação na região de uma província venezuelana e a concessão da nacionalidade a seus habitantes. A Guiana considerou a consulta uma “ameaça direta”.

No último dia 3, a Venezuela aprovou em referendo a anexação do território de Essequibo. O presidente venezuelano já determinou a criação de um estado na área disputada, que está no território da Guiana.

Maduro está sendo esperado em Moscou neste domingo ou na próxima segunda, onde deverá encontrar-se com o presidente russo no Kremlin. A viagem traz a Rússia, adversária dos EUA, para dentro da crise na América do Sul.

O Executivo venezuelano busca implementar rapidamente medidas na rica região em disputa, sobretudo após os resultados do referendo do último domingo. Entre os anúncios está a criação do Alto Comissariado para a Defesa da Guiana Essequiba.

Para a operação de retirada, foi criado na região um “canal humanitário” para auxiliar a saída de garimpeiros e suas famílias. O general Domingo Hernández Lárez, que comanda as operações na região.

A reunião sul-americana faz parte do esforço de Lula para resgatar o protagonismo do Brasil no cenário internacional, após quatro anos em que o país foi rebaixado à condição de pária nas relações internacionais com Jair Bolsonaro (PL).

A equipe de Lula comunicou a integrantes do Itamaraty que “todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas” deveriam ser convidados para a posse - o que inclui a Venezuela. O convite e a vinda de Maduro, no entanto, esbarravam nessa portaria do governo Bolsonaro.

O futuro governo Lula acredita na importância de manter "canais de interlocução" com Caracas para ajudar na pacificação política do país e impedir que a Venezuela seja transformada em palco de disputa entre EUA, China e Rússia.

A primeira nomeação veio do governo venezuelano, quando Maduro designou o ex-ministro das Relações Exteriores Félix Plasencia como novo representante diplomático do país em Bogotá. Ele desembarcou nesta manhã na capital colombiana e se dirigiu ao posto de trabalho.

Dentre os governos da região que forneceram apoio às estratégias norte-americanas contra a Venezuela, o da Colômbia, liderado pelo direitista Iván Duque, foi um dos mais ativos. Além de reconhecer a presidência fictícia de Guaidó, o mandatário forneceu apoio logístico e financeiro para aliados do ex-deputado que residem em território colombiano.

No início de seu discurso, o mandatário venezuelano alertou para o ressurgimento de grupos fascistas no mundo e garantiu que em seu país eles foram controlados. O surgimento de nazistas da Ucrânia, afirmou Maduro, acelerou os planos de mudança da ordem mundial.

Maduro destacou que seu governo está conversando com os parceiros da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e países associados) que decidiram continuar com o aumento planejado na produção de petróleo em 400 mil barris diários em abril. 

Por José Horta Manzano - A “parceria” entre o belicoso Putin e o animoso Maduro é pra deixar qualquer governo de prontidão. Especialmente quando o consórcio cheira a enxofre e funciona na esquina de casa.

Maduro afirmou que o diplomata da UE "passa vergonha alheia", e o acusou de estar sob a égide do governo dos EUA. Apesar de tudo, ele relatou que a delegação de observadores do bloco europeu continua realizando seu trabalho em torno das eleições regionais e municipais deste domingo, que deverão eleger 23 governadores e 335 prefeitos.

Maduro afirma que o ataque seria planejado em Madri, pelo opositor Leopoldo López, fundador do partido Vontade Popular e braço direito do autoproclamado Juan Guaidó. A Venezuela pediu novamente a extradição de López e sua detenção ao Reino da Espanha. 

O diálogo político na Venezuela, proposto pela oposição de Juan Guaidó e aceito pelo presidente Nicolás Maduro, deu a ilusão de uma trégua nos intensos conflitos no país, mas parece que tudo é mais complicado.