Os empréstimos do BNDES vêm do Finem, voltado a investimentos produtivos, e do Fundo Clima. Até aqui, o Bradesco emitiu duas fianças à Eve, com valor de R$ 127 milhões. O restante será emitido conforme o BNDES liberar os recursos à empresa de mobilidade, até o limite de R$ 490 milhões.

A empresa, que é listada na Bolsa de Nova York desde maio de 2022, planeja iniciar a montagem do primeiro protótipo do eVTOL na segunda metade deste ano, seguido pela campanha de testes em 2024.

De acordo com a fabricante brasileira, o contrato soma-se a outro investimento significativo da United em táxis aéreos - ou veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOLs). Conforme os termos do acordo, as empresas pretendem trabalhar em projetos futuros, incluindo estudos sobre o desenvolvimento, uso e aplicação das aeronaves da Eve.

O BCA, anunciado nesta manhã, prevê que a Embraer detenha 82% de participação na Eve. No consórcio integrado por empresas como Bradesco BBI, Rolls-Royce e BAE Systems, entre outras, a fabricante aportará US$ 305 milhões na nova companhia, ao longo dos próximos anos, segundo o executivo.

Com o acordo, a Azul pretende ampliar a conectividade no Brasil. Segundo a companhia aérea, a parceria reforça a estratégia da Azul em acelerar seus compromissos ESG (sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança) por meio de uma aeronave 100% elétrica.

A Embraer comunicou a encomenda de mais 50 unidades do produto  e, na quinta-feira, informou estar negociando com a norte-americana Zanite uma combinação de negócios visando à capitalização da Eve, sua subsidiária que desenvolve a aeronave. 

Atores globais como a alemã Daimler, a chinesa Geely e a japonesa Toyota, divulgaram investimentos em startups que visam desenvolver carros voadores elétricos capazes de decolar e pousar na vertical. Mas existem grandes obstáculos tecnológicos e regulatórios no caminho.