A Embraer comunicou a encomenda de mais 50 unidades do produto e, na quinta-feira, informou estar negociando com a norte-americana Zanite uma combinação de negócios visando à capitalização da Eve, sua subsidiária que desenvolve a aeronave.
Por Redação - de São Paulo
Desde o começo deste mês, a Embraer deu um salto no mercado financeiro, com seus papéis subindo 15,7%. O movimento começou quando a empresa anunciou ter fechado um pedido para entregar, para uma companhia dos Estados Unidos e da Europa, 200 unidades de seu veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (ou eVTOL, na sigla em inglês, como é chamado o “carro voador” no mercado aéreo).
Seis dias depois, a Embraer comunicou a encomenda de mais 50 unidades do produto e, na quinta-feira, informou estar negociando com a norte-americana Zanite uma combinação de negócios visando à capitalização da Eve, sua subsidiária que desenvolve a aeronave.
A Embraer divulga poucas informações sobre seu eVTOL, mas, segundo o presidente da empresa na época em que o projeto foi criado, Paulo Cesar de Souza e Silva, o desenvolvimento do novo veículo deve custar cerca de US$ 300 milhões.
Fabricantes
Na avaliação do executivo, a companhia teria dificuldades para arcar sozinha com esse montante, dado que sofre com a queda de pedidos de aviões por conta da crise da covid, além de estar se recuperando do fracassado acordo de venda de sua unidade comercial para a Boeing.
— Hoje, a Embraer não tem recursos para fazer investimentos por conta própria como tinha no passado — destaca.
Silva, que atualmente é conselheiro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), já sabe que o “carro voador” enfrentará desafios importantes até lá. Um dos maiores entraves será conseguir remunerar todos os envolvidos em sua cadeia, desde fabricantes da aeronave até os donos do imóvel onde o eVTOL pousará.