Vice-procuradora- Geral da República agita STF ao acusar Moraes

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Publicado Sexta, 30 de Junho de 2023 às 16:00, por: CdB

No relatório produzido pela PGR, Araújo teria insinuado que Moraes autorizou procedimentos ilegais, decretado prisões sem fundamentos sólidos e buscado obter provas sem justificativa legítima. A prática é conhecida como "pesca probatória”.


Por Redação - de Brasília

Documento confidencial vazado nesta sexta-feira para a mídia conservadora revela que o ambiente anda tenso entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo os dados obtidos pela revista semanal de ultradireita Veja, está em curso um embate interno entre o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.

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A procuradora Lindôra Araújo atua para arquivar as ações que poderão resultar em condenações ao presidente Jair Bolsonaro (PL)


No relatório produzido pela PGR, Araújo teria insinuado que Moraes autorizou procedimentos ilegais, decretado prisões sem fundamentos sólidos e buscado obter provas sem justificativa legítima. A prática é conhecida como "pesca probatória”.

Investigações


As acusações da procuradora envolvem a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e a apreensão de telefones relacionados ao caso. “Os elementos apontados são por demais incipientes a recomendar quaisquer diligências ou medidas em face dos investigados, sob pena de se validar a pesca probatória, à semelhança de outras investigações em curso no âmbito do Supremo Tribunal Federal”, escreveu Lindôra Araújo.

No documento, a vice-PGR argumenta não haver qualquer justificativa plausível para a prisão preventiva de Mauro Cid e outros envolvidos no caso. Ela expressa preocupação com o uso da "pesca probatória" e ressalta a falta de elementos concretos para sustentar as medidas.

O relatório também questiona a forma como o ministro teria conduzido algumas investigações, alegando falta de formalização de atos processuais e precipitação ao atribuir responsabilidades golpistas a pessoas ligadas a Bolsonaro.

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