O estudo do professor e pesquisador em fonética forense foi feito a pedido da defesa do magistrado. "A razão para essa conclusão são a inespecificidade e baixo poder discriminatório das características linguísticas identificadas e analisadas no Laudo", afirma o analista, em nota.
Por Redação - de Curitiba
A voz que aparece na gravação entregue pelo ex-juiz suspeito e incompetente, o hoje senador, Sérgio Moro (UB-PR), ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-IV) não pode ser atribuída à do juiz federal Eduardo Appio. Parecer técnico do professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Pablo Arantes constata que falsa a gravação utilizada pelo TRF-IV para afastar Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba.
O estudo do professor e pesquisador em fonética forense foi feito a pedido da defesa do magistrado. "A razão para essa conclusão são a inespecificidade e baixo poder discriminatório das características linguísticas identificadas e analisadas no Laudo", afirma o analista, em nota.
‘Festa da cueca’
Appio estava perto de liberar o depoimento do advogado Tacla Duran, que acusa Moro e Dallagnol de integrar uma quadrilha especializada em extorsão e venda de sentenças. As denúncias de Duran foram corroboradas por um delator da Operação Lava Jato, o empresário Tony Garcia, que atuou como “agente infiltrado”. Ele denunciou à mídia os métodos usados por Moro, que lhe teria mandado perseguir inimigos e adversários.
Garcia disse que decidiu trazer à tona essas revelações devido às reviravoltas recentes em Curitiba, com a remoção do juiz Appio e o retorno de Gabriela Hardt, “pau mandado de Moro”, nas suas palavras, à 13ª Vara. O delator também denunciou que desembargadores do TRF-4 teriam sido chantageados por integrantes da ‘Lava Jato’ com a informações de que teriam participado de orgias com prostitutas num hotel em Curitiba, no episódio que Garcia chama de "festa da cueca".