Rio de Janeiro, 20 de Setembro de 2024

Gravação usada para afastar juiz é falsa, segundo laudo técnico

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Terça, 06 de Junho de 2023 às 15:06, por: CdB

O estudo do professor e pesquisador em fonética forense foi feito a pedido da defesa do magistrado. "A razão para essa conclusão são a inespecificidade e baixo poder discriminatório das características linguísticas identificadas e analisadas no Laudo", afirma o analista, em nota.


Por Redação - de Curitiba

A voz que aparece na gravação entregue pelo ex-juiz suspeito e incompetente, o hoje senador, Sérgio Moro (UB-PR), ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-IV) não pode ser atribuída à do juiz federal Eduardo Appio. Parecer técnico do professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Pablo Arantes constata que falsa a gravação utilizada pelo TRF-IV para afastar Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba.

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Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, ex-juiz parcial e incompetente, Sérgio Moro está numa enrascada


O estudo do professor e pesquisador em fonética forense foi feito a pedido da defesa do magistrado. "A razão para essa conclusão são a inespecificidade e baixo poder discriminatório das características linguísticas identificadas e analisadas no Laudo", afirma o analista, em nota.

‘Festa da cueca’


Appio estava perto de liberar o depoimento do advogado Tacla Duran, que acusa Moro e Dallagnol de integrar uma quadrilha especializada em extorsão e venda de sentenças. As denúncias de Duran foram corroboradas por um delator da Operação Lava Jato, o empresário Tony Garcia, que atuou como “agente infiltrado”. Ele denunciou à mídia os métodos usados por Moro, que lhe teria mandado perseguir inimigos e adversários.

Garcia disse que decidiu trazer à tona essas revelações devido às reviravoltas recentes em Curitiba, com a remoção do juiz Appio e o retorno de Gabriela Hardt, “pau mandado de Moro”, nas suas palavras, à 13ª Vara. O delator também denunciou que desembargadores do TRF-4 teriam sido chantageados por integrantes da ‘Lava Jato’ com a informações de que teriam participado de orgias com prostitutas num hotel em Curitiba, no episódio que Garcia chama de "festa da cueca".

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