Dallagnol é punido no CNMP e pode ser afastado da Lava Jato

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Publicado Terça, 26 de Novembro de 2019 às 12:38, por: CdB

Em uma das falas à Rádio CBN em agosto do ano passado, Dallagnol criticou os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski pelo que chamou de “mensagem de leniência a favor da corrupção”.

Por Redação - de Brasília O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) puniu, na manhã desta terça-feira, o chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, por críticas feitas à atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em um entrevista. Seus afastamento da Lava Jato é esperado a qualquer momento.
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Dallagnol poderá ser afastado do cargo, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF)
Em uma das falas à Rádio CBN em agosto do ano passado, Dallagnol criticou os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski pelo que chamou de “mensagem de leniência a favor da corrupção”. A punição a Dallagnol é um passo adiante na possível condenação do ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, em processo que transcorre no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à sua suspeição no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. — Os três mesmos de sempre do Supremo Tribunal Federal que tiram tudo de Curitiba e mandam tudo para a Justiça Eleitoral e que dão sempre os habeas corpus, que estão sempre se tornando uma panelinha assim... que mandam uma mensagem muito forte de leniência a favor da corrupção — criticou ele.

Suspeição

Para o relator do processo administrativo disciplinar, conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, o procurador descumpriu o dever de guardar o decoro pessoal e de urbanidade. Essa é a primeira punição que um membro da Lava Jato recebe do CNMP. Dallagnol responde a outros procedimentos e tem sido alvo de questionamentos após a revelação de supostas mensagens em reportagens do site The Intercept Brasil desde junho, que mostram o que seria uma atuação conjunta de procuradores da Lava Jato com o ex-juiz da operação e atual ministro da Justiça, Sergio Moro. Os dois lados negam irregularidades.
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