"Bolsonaro foi presidente da República. Poderia arrumar algum lugar para eu trabalhar. Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da Michelle… Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse bandido, não deveriam me abandonar", reclamou Queiroz.

Os encontros ocorreram no Palácio do Planalto (13 vezes) e no Palácio da Alvorada (3 vezes), de outubro de 2019 a junho de 2020, mês em que Queiroz foi localizado e preso pela Polícia Federal (PF) na casa de Wassef. Após a repercussão do flagrante, o advogado interrompeu as visitas.

Queiroz tem sido investigado por suspeita de comandar um esquema de desvio de dinheiro no antigo gabinete do filho ’01' na Assembleia do Rio; além do envolvimento com grupos armados no chamado ‘Escritório do Crime’, contratado para matar adversários políticos.

Os investigadores descobriram, nos dados financeiros da quebra de sigilo bancário e fiscal de Queiroz, que ele depositou um total de R$ 72 mil em 21 cheques. Já Márcia Aguiar, mulher de Queiroz, repassou R$ 17 mil para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, de janeiro a junho de 2011.

Aborrecido, Bolsonaro deixou o local ao lado de políticos locais e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com quem sobrevoou regiões atingidas pelo transbordamento de rios no Estado, que também sofre com casos de dengue e mortes por covid-19.

O nome de Fernanda Bolsonaro, também acusada por lavagem de dinheiro no processo, aparece na denúncia quando o MPE-RJ descreve o ‘enriquecimento ilícito’ do marido, ao longo de quase uma década.

A pergunta que os brasileiros fazem, nos últimos dias, quanto aos depósitos do ex-assessor Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ecoou no NYT, que publicou página inteira sobre o escândalo da 'rachadinha'.

Após virem à tona supostos depósitos entre 2011 e 2016 realizados pelo ex-assessor Fabrício Queiroz e pela mulher dele, Márcia Aguiar, na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, Queiroz não saiu da cabeça dos internautas. Ele levou até mesmo Bolsonaro para os assuntos mais comentados da rede social.

As investigações apontam que o filho do presidente utilizou os recursos obtidos para comprar imóveis e pagar despesas pessoais, como mensalidades da escola das filhas e plano de saúde.

Gilmar Mendes concordou com o pedido da defesa de Fabrício Queiroz, menos de 24 horas depois que o ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou o benefício da prisão domiciliar concedido ao casal.

Na noite desta quinta-feira, o ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou a prisão domiciliar do PM aposentado e de sua mulher, Márcia Aguiar, que agora troca a tornozeleira eletrônica pelo uniforme do presídio feminino.

Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar, são suspeitos de envolvimento no caso do suposto esquema de “rachadinha” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando o primogênito do presidente Bolsonaro era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Fabrício Queiroz depositou os cheques na conta da primeira-dama entre 2011 e 2018, segundo relatório vazado nesta sexta-feira. O valor total chega a R$ 72 mil.

Flávio Bolsonaro é investigado no procedimento aberto para apurar declarações de seu sucessor, no Senado, o empresário Paulo Marinho (PSDB). Ele afirmou que Bolsonaro fora avisado da operação que revelou as movimentações atípicas nas contas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

No depoimento de Queiroz ao Ministério Público Federal (MPF), quando ainda estava preso em Bangu 8, ele afirmou que o filho de Bolsonaro soube de detalhes do esquema criminoso quando ainda exercia o mandato na Alerj. Aos investigadores, no entanto, o senador elogiou o ex-PM, envolvido com a milícia armada que age na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), prestou seu primeiro depoimento no inquérito que apura suposto desvio de salários de servidores do gabinete do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro na época em que foi deputado estadual.

A Justiça do Rio já havia transferido, na semana passada, a competência da apuração do caso de Flávio, filho primogênito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para a segunda instância, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça fluminense. Até aquele momento, as investigações estavam com a primeira instância.

Márcia Oliveira pediu que amigos consultassem advogados especializados para conhecer o potencial de uma possível delação. Queiroz, por sua vez, também estaria em contato com bancas advocatícias para conhecer seus direitos, caso resolva delatar os esquemas criminosos dos quais faria parte a família do presidente Jair Bolsonaro.

Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), prestou depoimento nesta segunda-feira no âmbito das investigações sobre suposto vazamento da operação Furna da Onça, da Polícia Federal.

O ex-defensor do clã presidencial disse que escondia o ex-PM e assessor de Jair e Flávio Bolsonaro, sem o conhecimento do mandatário neofascista. Essa história, no entanto, foi desmentida pelo próprio presidente, na semana passada, pelas redes sociais.