Por Luís Antônio Paulino - O Brasil não é o principal mercado mundial para bioprodutos amazônicos. A China lidera, com 18.965 registros, seguida dos EUA, com 3.778. Somente 9% dessas patentes são depositadas em outros países.

Com argumentação humanitária e resoluções políticas, a discussão sobre a quebra temporária da patente das vacinas contra a covid-19 avança na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O tom da mensagem do papa Francisco é semelhante ao discurso proferido pelo papa em sua bênção de Natal no ano passado, quando ele criticou os que colocam as "leis de mercado e de patentes de invenções sobre as leis do amor".

O chanceler brasileiro, Carlos França afirmou que discutirá o tema com a representante de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai, em reunião agendada para o fim da tarde desta sexta-feira e deixou antever que o país poderá mudar sua posição. A União Europeia nesta quinta-feira também se manifestou favoravelmente ao debate sobre a quebra de patentes.

Em uma reunião com a vice-primeira-ministra Tatiana Golikova nesta quinta-feira, o presidente russo afirmou que a medida de suspender patentes de vacinas contra o coronavírus está em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"Essa é uma crise de saúde global, e as extraordinárias circunstâncias da pandemia de Covid-19 pedem medidas extraordinárias. Esse governo acredita fortemente em direitos de propriedade intelectual, mas com o objetivo de acabar com essa pandemia, apoia a suspensão dessas proteções para vacinas contra covid-19", afirmou Tai, da agência Moody's.