Produção de notícias falsas continua ativa no governo

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Publicado Quinta, 02 de Abril de 2020 às 11:09, por: CdB

A divulgação do vídeo vem na esteira das críticas feitas por Bolsonaro à imposição da quarenta como forma de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro defende o fim do isolamento e o retorno imediato ao trabalho.

Por Redação - de Brasília
Um dia após apagar um vídeo com fake news sobre desabastecimento na Ceasa de Belo Horizonte, Jair Bolsonaro postou novo vídeo em suas redes sociais nesta quinta-feira onde uma mulher, que se identifica como professora, pede aos gritos, na porta do Palácio da Alvorada, que ele coloque o Exército para abrir à força o comércio e ataca com violência os governadores e a imprensa.
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O vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), ou Carluxo, como é conhecido, seria o comandante do 'Gabinete do Ódio'
— Você pode ter certeza que a senhora fala por milhões de pessoas — disse Bolsonaro em resposta. A divulgação do vídeo vem na esteira das críticas feitas por Bolsonaro à imposição da quarenta como forma de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro defende o fim do isolamento e o retorno imediato ao trabalho, indo na direção contrária de protocolos internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde. — É difícil para o senhor porque só tem gente para derrubar. Mas, o senhor tem o povo e eu faço parte dele. Eu tô aqui pedindo: põe o Exército na rua, presidente, abra esse comércio. Sou professora e não estou podendo dar aula —  diz a mulher, na saída do Palácio da Alvorada.

Isolado

Segundo apurou a jornalista e escritora Thaís Oyama, em sua coluna em um portal da internet, afirma que "sua agenda oficial (de Bolsonaro) tornou-se uma planície desolada. Na véspera, registrava um único compromisso: audiência com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, das 10h às 10h30, e mais nada". "Isolado em sua teimosia e sentindo-se ameaçado em sua autoridade, Bolsonaro oscila entre socorrer-se junto aos generais palacianos — que, no ano passado, havia deixado em banho-maria por não querer ser por eles ‘tutelado’ — ou ouvir os conselhos do filho Carlos, comandante em chefe dos atiçadores oficiais das massas, assessores do presidente que atuam nas redes sociais com tal beligerância que fizeram por merecer a alcunha de integrantes do 'Gabinete do Ódio”, resumiu a jornalista.
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