Rio de Janeiro, 20 de Setembro de 2024

Militares endurecem disposição de punir subordinados golpistas

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Sexta, 13 de Janeiro de 2023 às 12:39, por: CdB

Logo após a reunião na segunda-feira, Múcio enviou um ofício ao Comando da Marinha para solicitar a demissão do capitão de mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortuna. Ele participou da invasão aos prédios públicos e publicou fotos nas redes sociais.

Por Redação - de Brasília
Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro e os comandantes das Forças Armadas decidiram, nesta sexta-feira, endurecer o discurso pela punição rápida e exemplar dos subalternos que participaram dos atos golpistas de domingo e liberaram os terroristas a depredar os prédios dos Três Poderes. A decisão foi tomada na reunião dos militares com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia seguinte ao quebra-quebra.
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As hordas de golpistas enfrentaram os militares, com a certeza de que não seriam punidos
No encontro, o petista externou a suspeita de uma possível insubordinação de praças e oficiais de baixa patente que, na visão dele, podem ter sido complacentes com golpistas. Na reunião, porém, os comandantes Júlio César de Arruda (Exército), Marcos Sampaio Olsen (Marinha) e Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica) afirmaram que não as tropas permanecem disciplinadas e com respeito à hierarquia.

Afastados

Os militares entenderam, no entanto, a necessidade de uma resposta rápida aos participantes do ato golpista, para aplacar as suspeitas de que há conivência dos comandantes. Logo após a reunião na segunda-feira, Múcio enviou um ofício ao Comando da Marinha para solicitar a demissão do capitão de mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortuna. Ele participou da invasão aos prédios públicos e publicou fotos nas redes sociais. Segundo a Marinha, Fortuna atuava desde outubro de 2013 em um cargo como prestador de "tarefa por tempo certo" — tipo de contratação utilizada pelas Forças Armadas para empregar militares da reserva ou reformados para funções temporárias e específicas.

Nota pública

O Comando do Exército também agiu para demitir o coronel da reserva Adriano Camargo Testoni, que ocupava cargo comissionado no Hospital das Forças Armadas. Ele gravou vídeo durante os atos golpistas no qual aparece proferindo ofensas contra a Força e os generais. Testoni recebe R$ 25 mil de aposentadoria, valor que não é afetado pela demissão. Além das demissões, os comandantes das três Forças demandaram a seus subordinados a tarefa de ver vídeos dos atos golpistas e identificar se militares que estavam presentes. O objetivo é abrir processos administrativos disciplinares contra os participantes. Em nota, o Exército Brasileiro (EB) informou que analisa gravações dos atos de domingo para abrir os processos administrativos. ”Os vídeos sobre o assunto estão sendo encaminhados para as autoridades competentes para verificação", resumiu o EB, no documento.
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