Rio de Janeiro, 08 de Outubro de 2024

Magistrados não veem possibilidade de Bolsonaro ser preso de imediato

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Quinta, 16 de Fevereiro de 2023 às 13:37, por: CdB

A possibilidade de Bolsonaro ser impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de participar das próximas eleições presidenciais é tratada como praticamente certa por magistrados das cortes superiores. Uma condenação e posterior recolhimento do réu, nos próximos quatro anos, no entanto, é considerada praticamente inviável.


Por Redação - de Brasília

Ao contrário das previsões alimentadas pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de que poderá ser preso assim que desembarcar no Brasil, de volta do refúgio estratégico nos EUA, é mais fácil torná-lo inelegível do que mantê-lo preso por possíveis crimes cometidos contra a saúde pública e a Humanidade.

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TSE pode tornar Bolsonaro inelegível por até uma década


A possibilidade de Bolsonaro ser impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de participar das próximas eleições presidenciais é tratada como praticamente certa por magistrados das cortes superiores. Uma condenação e posterior recolhimento do réu, nos próximos quatro anos, no entanto, é considerada praticamente inviável.

Ao todo, Bolsonaro responde a 16 ações no TSE, que poderão resultar na sua inelegibilidade; além de uma pilha de inquéritos criminais.

Genocídio


“O tempo para que uma investigação se transforme em denúncia formal e depois em condenação em primeira, segunda e enfim terceira instâncias é de pelo menos quatro anos”, calculam magistrados de Brasília que conversaram, na véspera, com a colunista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.

Bolsonaro responde, ainda, a inquéritos no próprio STF, como o dos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro e, brevemente, por genocídio do povo Yanomâmi – o que encurta o tempo de uma condenação. Ainda assim, o prazo de tramitação dos processos é naturalmente longo, o que afasta a tese de uma prisão imediata, ainda no aeroporto.

“A única possibilidade de Bolsonaro ser preso, dizem os mesmos magistrados, se apresentaria no caso de ele tentar obstruir investigações, destruindo provas ou intimidando testemunhas”, conclui Bergamo.

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