A comitiva embarcará logo após o desfile do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios. A reunião de líderes ocorre nos dias 9 e 10 e a programação oficial prevê pelo menos três sessões temáticas. Elas abordarão tópicos como desenvolvimento verde sustentável, meio ambiente e clima, transições energéticas e emissão zero líquida de carbono.
Por Redação - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve pouco tempo para descansar, no Palácio da Alvorada, antes de embarcar na próxima quinta-feira para Nova Déli, capital da Índia, onde participará da Cúpula do G20. No encontro, Lula assumirá a Presidência Rotativa do bloco, atualmente com a Índia. O mandato passará oficialmente para as mãos do Brasil no dia 1º de dezembro com prazo até o fim de 2024.
A comitiva embarcará logo após o desfile do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios. A reunião de líderes ocorre nos dias 9 e 10 e a programação oficial prevê pelo menos três sessões temáticas. Elas abordarão tópicos como desenvolvimento verde sustentável, meio ambiente e clima, transições energéticas e emissão zero líquida de carbono.
Outros assuntos como crescimento inclusivo; cumprimento de metas dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS); saúde, educação, infraestrutura, transformações tecnológicas, reformas multilaterais e futuro do trabalho e emprego também estarão em pauta. O evento terá, ainda, reuniões bilaterais entre diferentes líderes.
Prioridades
Como em toda cúpula do G20, grupo que reúne as 19 nações de maior economia do mundo e a União Europeia, haverá uma cerimônia simbólica de transferência da presidência rotativa envolvendo mais diretamente o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e Lula. Há previsão de pronunciamentos do presidente brasileiro nas duas primeiras sessões e no encerramento do encontro, quando apresentará as prioridades e os desafios da futura presidência brasileira.
— Eu vou lá para discutir com eles uma coisa que me incomoda, eu quero discutir a desigualdade. A desigualdade de gênero, a desigualdade racial, a desigualdade no tratamento da saúde, no salário, a desigualdade de uma pessoa que come 20 vezes por dia e a outra que fica 20 dias sem comer — afirmou Lula no Rio Grande do Norte, na sexta-feira, onde participou da visita às obras de transposição do Rio São Francisco.
Conhecido como Ramal do Apodi, o Trecho 4 do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), visitado pelo presidente Lula, é mais uma etapa na concretização de um objetivo que o próprio Lula sintetizou após a visita às obras, em solenidade realizada na cidade de Luís Gomes (RN).
— O Rio São Francisco não é de ninguém. É do Brasil. É do povo Brasileiro. Ele nasce em Minas Gerais e deságua lá na região do Nordeste. Nós temos que fazer com que essa água, antes de chegar ao mar, seja repartida com 12 milhões de almas que moram no setor mais seco do nosso país — concluiu o presidente.