Lula chama Lira para conversar, após responder a ameaça velada

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Publicado Sexta, 09 de Fevereiro de 2024 às 20:08, por: CdB

Lula quis adiantar a conversa, antes do carnaval, para assegurar que haveria algum diálogo antes do carnaval, uma vez que o presidente tem uma extensa agenda no exterior, ao longo deste mês, que inviabilizaria um encontro antes do fim de fevereiro.


Por Redação - de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) jogou água fria na fervura política causada pelo discurso do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), na retomada dos trabalhos do Legislativo, na última segunda-feira. Lula chamou uma reunião com Lira, para esta sexta-feira, na tentativa de acalmar os ânimos. Na véspera, porém, o presidente devolveu o recado de Lira com a decisão de suspender qualquer mudança no ministério; além das nomeações pedidas pelo chamado ‘Centrão’. Após o encontro, Lira disse que "o jogo está zerado", ao elogiar a capacidade de negociação do presidente.

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Adversários durante a campanha, Lira e Lula negociam uma ampliação da base parlamentar


Lula quis adiantar a conversa, antes do carnaval, para assegurar que haveria algum diálogo antes do carnaval, uma vez que o presidente tem uma extensa agenda no exterior, ao longo deste mês, que inviabilizaria um encontro antes do fim de fevereiro.

 

Acordo


Arthur Lira, nos bastidores, vem pressionando o Planalto a substituir o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Segundo aliados de Lira, ele está particularmente incomodado com os atrasos na liberação de emendas parlamentares por parte do Ministério da Saúde. Lula viaja, nesta próxima terça-feira, para a África.

Na tarde passada, ainda em Belo Horizonte, Lula ressaltou que pretende cumprir com o que foi combinado com Lira, mas sem aumentar em uma vírgula sequer o acordo firmado com os partidos do ‘Centrão’, dominados por Lira..

— Agora, o que eu acho que o Lira pode ter razão: é se o governo fez acordo, dentro do Congresso ou através do ministro das Relações Institucionais ou através do ministro da Fazenda, fez algum acordo, a gente tem que cumprir. Porque quando você não cumpre o acordo feito, o resultado é que vai ficar mais caro — resumiu o presidente.

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