Haiti prorroga toque de recolher para recuperar controle

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Publicado Segunda, 18 de Março de 2024 às 11:20, por: CdB

O toque de recolher, em vigor das 19h e as 5h locais, será prolongado até o dia 20 de março, anunciou o governo em comunicado, acrescentando que os bombeiros, serviços de emergência, trabalhadores do setor da saúde e jornalistas estarão isentos dessas medidas.


Por Redação, com Lusa - de Porto Príncipe


O governo do Haiti prolongou por mais três dias o toque de recolher para restabelecer a ordem e recuperar o controle da situação no departamento de Oeste, incluindo a capital, Porto Príncipe.




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Medida foi adotada em meio à onda de violência

O toque de recolher, em vigor das 19h e as 5h locais, será prolongado até o dia 20 de março, anunciou o governo em comunicado, acrescentando que os bombeiros, serviços de emergência, trabalhadores do setor da saúde e jornalistas estarão isentos dessas medidas.


O estado de emergência atualmente em vigor foi estabelecido em 3 de março, em meio à onda de violência na capital após assaltos às prisões e a fuga de milhares de prisioneiros.


As manifestações na área da capital continuam proibidas, tanto de dia quanto de noite, e os agentes têm ordens para usar "todos os meios" à disposição para fazer cumprir o toque de recolher e prender os infratores, diz o comunicado.


A nova onda de violência no Haiti atingiu os aeroportos no momento em que o chefe do governo, Ariel Henry, se encontrava em visita oficial ao Quênia.



Líderes criminosos do país


Um dos principais líderes criminosos do país, Jimmy Chérizier, conhecido como "Barbecue" e líder do grupo armado G9, lançou um ataque contra o primeiro-ministro, ameaçando mergulhar o país numa "guerra civil" se ele não se demitisse.


Os grupos armados têm provocado o caos em Porto Príncipe e arredores, consolidado após o assassinato, em 2021, do presidente Jovenel Moise.


Henry chegou ao poder em julho de 2021, dois dias antes do assassinato de Moise, e nunca tomou posse.


Em discurso antes de assumir a chefia do governo, o primeiro-ministro apelou à unidade política e um gabinete de consenso, embora não exista calendário eleitoral acordado, o que provocou a indignação da população.


Henry apresentou sua demissão em 11 de março, quando a violência se intensificava no país. Ele declarou que o governo se manteria na função para resolbver "assuntos correntes", até a instalação de um conselho presidencial de transição e a nomeação de novo primeiro-ministro.


O Haiti não tem eleições desde 2016 e está sem presidente e sem Parlamento.




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