Embora divididos, caminhoneiros protestam em rodovias federais

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Publicado Quarta, 08 de Setembro de 2021 às 13:53, por: CdB

Os caminhoneiros, no entanto, permanecem divididos quanto aos atos golpistas do dia 7 de Setembro. Motoristas independentes decidiram aderir, mas sem o apoio formal dos sindicatos representativos. Líderes da categoria que costumam atuar em mobilizações, no entanto, não acreditam que ocorrerá uma paralisação nacional.

Por Redação - de Curitiba
Grupos de caminhoneiros realizaram, na manhã desta quarta-feira, uma série de paralisações em trechos de rodovias, nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Desde às 8h, havia bloqueios de caminhões em Garuva, Joinville, Mafra, Santa Cecília, Guaramirim e Campos Novos, nas estradas catarinenses.
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Caminhoneiros voltaram a bloquear rodovias em três Estados do país
No Espírito Santo, caminhoneiros faziam bloqueios em oito cidades. No Paraná, há manifestações nas rodovias federais em Paranavaí e em Maringá. As mobilizações permaneciam durante esta tarde. Os caminhoneiros, no entanto, permanecem divididos quanto aos atos golpistas do dia 7 de Setembro. Motoristas independentes decidiram aderir, mas sem o apoio formal dos sindicatos representativos. Líderes da categoria que costumam atuar em mobilizações, no entanto, não acreditam que ocorrerá uma paralisação nacional, ao longo desta semana.

Piso mínimo

Para uma parcela destes profissionais do volante, as pautas defendidas nas manifestações não diziam respeito aos pleitos do grupo, por isso não houve incentivo à adesão. O enfrentamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Supremo Tribunal Federal (STF) encontra apoio entre eles. Há três ações diretas de inconstitucionalidade propostas por ruralistas e por transportadoras que ainda não foram julgadas pela corte. Elas questionam a política nacional de piso mínimo, implementada por meio de lei durante o governo Michel Temer (MDB). A radicalização de Bolsonaro, no entanto, fragilizou sua a base política, e tende a aumentar a reação do Congresso ao governo. Na noite desta terça-feira, Pacheco anunciou o cancelamento de sessões do Senado previstas para esta semana. Aliados afirmam que a decisão seria o primeiro reflexo das ameaças de Bolsonaro. Entre os efeitos colaterais também foi um aquecimento das discussões de impedimento nos partidos de centro. Depois de PSD e PSDB começarem a debater o tema, o Solidariedade disse que vai se reunir na próxima semana para fechar uma posição, enquanto no MDB a pressão interna para que o partido apoie a abertura do processo vem crescendo cada vez mais.
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