Aras tenta tirar o corpo fora das denúncias contra ele, de omissão

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Publicado Segunda, 13 de Fevereiro de 2023 às 14:00, por: CdB

“A atuação dos subprocuradores-gerais se faz com absoluto respeito de seus membros. Sem eles mais de 66 mil processos oriundos do STF não poderiam haver obtido manifestações do PGR em 2022, muito menos os 400 mil processos do STJ que receberam manifestação dos SPGRs", diz nota.

Por Redação - de Brasília
Procurador Geral da República, Augusto Aras passou a se defender de forma mais incisiva nas alegações de omissão diante da lista de denúncias atribuídas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), relativas a possíveis crimes cometidos em diferentes instâncias dos poderes Judiciário e Eleitoral. Aras alega que o Ministério Público Federal (MPF) tem trabalhado com independência, durante sua gestão. Em comunicado divulgado pela assessoria de Imprensa do MPF, nesta segunda-feira, o PGR dividiu suas responsabilidades com os subprocuradores.
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Aras protegeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), em fim de mandato, de uma lista de denúncias sobre possíveis crimes cometidos durante a gestão
“A atuação dos subprocuradores-gerais se faz com absoluto respeito de seus membros. Sem eles mais de 66 mil processos oriundos do STF não poderiam haver obtido manifestações do PGR em 2022, muito menos os 400 mil processos do STJ que receberam manifestação dos SPGRs, no ano passado. Os trabalhos do PGR estão sendo realizados nos prazos legais, como nunca se deu, apesar dos exíguos prazos de 24 horas, com frequência fixados pela Suprema Corte”, afirmou.

Inércia

Em seu segundo mandato no comando do MPF, ambos pela indicação de Bolsonaro, Aras foi conduzido ao cargo em setembro de 2019 e reconduzido dois anos depois. Criticado por setores da sociedade pela excessiva proximidade com o ex-presidente, Aras, pinçado fora da tradicional lista tríplice dos procuradores, não avançou em investigações que contrariavam o ex-mandatário. Em seguida ao golpe fracassado em 8 de Janeiro, o PGR sente aumentar a pressão para processar os responsáveis pelos atos terroristas e tem se distanciado do padrinho que o indicou ao cargo. “Não se pode falar em inércia ministerial”, conclui a nota.
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