Rio de Janeiro, 03 de Outubro de 2024

Anielle Franco depõe à PF e diz que Silvio Almeida a assediava faz tempo

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Quarta, 02 de Outubro de 2024 às 20:21, por: CdB

Ao escrivão, Franco confirmou ter sido importunada sexualmente pelo ex-ministro, na primeira vez que ela oficializa a denúncia. Em seu depoimento, a ministra disse que as “abordagens inadequadas”, como definiu, começaram no fim de 2022, quando os dois passaram a fazer parte do grupo de transição de governo.

Por Redação – de Brasília

Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, no inquérito que investiga as denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida. Franco deixou a sede da PF sem declarações públicas após o depoimento.

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A ministra Anielle Franco é irmã da vereadora do Rio assassinada por milicianos, Marielle Franco (PSOL)

Ao escrivão, Franco confirmou ter sido importunada sexualmente pelo ex-ministro, na primeira vez que ela oficializa a denúncia. Em seu depoimento, a ministra disse que as “abordagens inadequadas”, como definiu, começaram no fim de 2022, quando os dois passaram a fazer parte do grupo de transição de governo nomeado por Lula antes da posse dele como Presidente da República.

As abordagens, afirmou ela, foram escalonando até a importunação física. A irmã da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em 2018, já havia relatado a interlocutores que Silvio Almeida a perseguia, sexualmente.

 

Investigação

O filósofo Silvio Almeida foi demitido do cargo no dia 6 de setembro, após a divulgação das denúncias de assédio sexual envolvendo mulheres ligadas ao Ministério. As acusações ganharam força após a ONG ‘Me Too Brasil’, que combate o assédio sexual, afirmar em comunicado público, no dia 5 de setembro, que recebeu as denúncias de várias vítimas. O nome de Anielle Franco foi citado em veículos de imprensa como uma das supostas vítimas.

Silvio Almeida, por sua vez, nega as acusações. Em nota oficial, o ex-ministro repudiou as denúncias, declarando que não cometeu assédio sexual e que os relatos são infundados. A investigação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça.

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