Já a mensagem de parcimônia transmitida pelo BC no Copom anterior, de 21 de junho, é um dos principais argumentos da ala mais cautelosa do mercado. Segundo economistas, apesar do recuo recente, as expectativas de inflação ainda estão acima da meta.
Por Redação, com Bloomberg - de São Paulo
A manutenção da meta de inflação em 3% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e a queda da inflação corrente, inclusive dos núcleos, e das expectativas são os fatores apontados para justificar uma redução maior do juro por parte do Conselho de Política Monetária (Copom), reunido entre estas terça e quarta-feiras.
Já a mensagem de parcimônia transmitida pelo BC no Copom anterior, de 21 de junho, é um dos principais argumentos da ala mais cautelosa do mercado. Segundo economistas, apesar do recuo recente, as expectativas de inflação ainda estão acima da meta.
Parcimônia
Para Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú, “a ata sinalizou início do afrouxamento monetário com parcimônia, com corte de 0,25 pp”.
“O Copom deve indicar que conduzirá a política necessária para o cumprimento das metas, avaliando que uma flexibilização gradual é a estratégia adequada” acrescentou Mesquita.
Os economistas Claudio Ferraz, Bruno Balassiano e Bruno Martins, do BTG Pactual, por sua vez, acreditam que o BC deve cortar juro em 0,50pp, em razão da melhora dos dados de inflação e da manutenção da meta em 3%.
“Após meses de incerteza, CMN teve um desdobramento positivo. Mesmo os membros do Copom mais cautelosos devem admitir as notícias favoráveis desde a reunião anterior”, resumiram.