Wassef estava no alvo da PF desde a última sexta-feira, mas não havia sido localizado quando uma operação da PF cumpriu mandados de busca e apreensão para investigar a venda e recompra irregular de joias destinadas ao governo brasileiro. O suspeito é investigado por suposto envolvimento em um esquema de venda de joias presenteadas ao antigo governo brasileiro.

Em uma movimentação paralela, o advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, também emitiu uma nota, nesta manhã, em defesa do ex-mandatário, mesmo sem comprovar que tenha sido contratado para exercer a defesa do ex-mandatário, que se encontra fora do país, hospedado em uma mansão no Estado norte-americano da Florida.

Os encontros ocorreram no Palácio do Planalto (13 vezes) e no Palácio da Alvorada (3 vezes), de outubro de 2019 a junho de 2020, mês em que Queiroz foi localizado e preso pela Polícia Federal (PF) na casa de Wassef. Após a repercussão do flagrante, o advogado interrompeu as visitas.

"Faça lá o que você faz aqui no seu trabalho, para ver o que o maravilhoso sistema político que você tanto ama faria com você. Lá na China você desapareceria e não iriam nem encontrar o seu corpo", escreveu o defensor do PM reformado Fabrício Queiroz, escondido em uma de suas propriedades.

A denúncia da Operação Lava Jato afirma que houve contratações com escopo contratual falso, "pois ou os serviços arrolados não foram prestados ou foram prestados no interesse exclusivo de Orlando Diniz, para, por exemplo, a perseguição de adversários pessoais".

Pareceres da CGU têm sido usados também para encobrir o acesso à lista de entrada de políticos e colaboradores no Palácio da Alvorada, entre eles o ex-advogado Frederick Wassef, que abrigou o ex-PM Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho '01', senador Flávio Bolsonaro.

"Vou explodir todo mundo em rede nacional ao vivo. Poderosos políticos do Rio mandaram assassinar o Adriano. Tenho provas. Os mesmos que executaram o Adriano iriam executar o Fabrício Queiroz", teria dito Wassef.

Por Altamiro Borges - Jair Bolsonaro, sempre metido a valentão, está abatido e meio tristinho. Ele até sumiu do “chiqueirinho” no Palácio do Alvorada, onde é bajulado pelos patéticos bolsominions. Entre outros motivos da sua tensão com certeza está o advogado Frederick Wassef, o “anjo” que escondia Fabrício Queiroz em Atibaia.

O ex-defensor do clã presidencial disse que escondia o ex-PM e assessor de Jair e Flávio Bolsonaro, sem o conhecimento do mandatário neofascista. Essa história, no entanto, foi desmentida pelo próprio presidente, na semana passada, pelas redes sociais.

Wassef, para a ONG, praticou ‘clara conduta de obstrução à justiça’ ao esconder, em sua casa, o ex-policial militar Fabricio Queiroz, assessor do primogênito de Jair Bolsonaro, Flávio, quando deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj).

Segundo a Polícia, Queiroz estava hospedado por Wassef havia mais de um ano. O criminalista nega que tenha abrigado Queiroz ou que tenha tido contato com ele, mas não explica como o ex-assessor do então deputado Flávio Bolsonaro chegou até o imóvel.

As contas de luz desmontam, de imediato, o argumento do advogado Frederick Wassef, de que o seu imóvel estava vazio e que ele havia, inclusive, retirado todos os móveis de lá.

O advogado disse também a jornalistas, neste sábado, que não abrigou Queiroz por 1 ano, embora não tenha conseguido explicar a presença do ex-assessor na casa onde foi encontrado e promovia churrascos, entre outras atividades.