Wajngarten recusa cargo no governo Bolsonaro e coleciona suspeitas por corrupção

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Publicado Quinta, 11 de Março de 2021 às 11:49, por: CdB

A exoneração de Wajngarten foi oficializada na edição desta quinta-feira, no Diário Oficial da União (DOU). A publicação também trouxe a nomeação do secretário de Assuntos Estratégicos (SAE), o almirante Rocha, como chefe interino da Secom, que acumula momentaneamente as duas secretarias.

Por Redação - de Brasília

Trocado por um militar, o almirante Flávio Rocha, no comando da Secretaria Especial de Comunicação (Secom), o empresário Fabio Wajngarten recusou o convite para exercer um cargo no governo, distante de Brasília, mas decidiu não seguir adiante com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), embora garanta seu apoio ao mandatário.

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As omissões cometidas por Wajngarten deixam dúvidas quanto à lisura de sua administração

A exoneração de Wajngarten foi oficializada na edição desta quinta-feira, no Diário Oficial da União (DOU). A publicação também trouxe a nomeação do secretário de Assuntos Estratégicos (SAE), o almirante Rocha, como chefe interino da Secom, que acumula momentaneamente as duas secretarias.

A saída de Wajngarten, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, deve-se principalmente à situação jurídica do empresário, cada vez mais delicada à medida que avançam as investigações sobre repasses irregulares de verbas publicitárias a aliados do governo. Mesmo fora do governo, o executivo permanecerá citado nos processos sob suspeita de corrupção.

Seu afastamento estava definido desde o início deste mês, mas somente ocorreu após Wajngarten voltar da viagem com a comitiva brasileira que esteve em Israel, para firmar acordos para testes do spray nasal contra a covid-19.

Abrir portas

Antes de embarcar no último sábado para Israel, Wajngarten já havia decidido que não continuaria no cargo. Ele recusou as opções de ocupar uma função na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e como assessor especial do Ministério do Meio Ambiente.

Inicialmente, foi cogitado que ele pudesse assumir um cargo na Presidência da República em São Paulo, mas não avançou. A dificuldade de encontrar um posto para o secretário no governo atrasou a substituição.

Sócio majoritário da empresa Controle da Concorrência e ex-funcionário do SBT, Wajngarten tornou-se próximo a Bolsonaro ainda na campanha de 2018. Ele foi apresentado por Carlos Bolsonaro, filho ’02’ do presidente como é chamado, na qualidade de ‘abrir portas’ em emissoras de televisão para o então candidato.

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