De volta do México, Lula estreita laços na América Latina

Arquivado em:
Publicado Sexta, 04 de Março de 2022 às 13:29, por: CdB

O encontro na Cidade do México também teve a participação de representantes da Frente Internacional Brasileira contra o golpe (Fibra), do Seminário de estudos brasileiros da Universidade Nacional do México (Sembrar), do Coletivo Maya de brasileiros na República Dominicana e do Coletivo Passarinho de Buenos Aires, na Argentina.

Por Redação - de São Paulo
De volta à capital paulista, neste fim de semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebra o sucesso de sua visita ao México. No final da tarde passada, em um de seus últimos compromissos no país, Lula reuniu-se com o coletivo de brasileiros Regina de Sena México-Brasil. No encontro, Lula falou sobre a potência do Brasil e que pretende “colocar o pobre no orçamento do país”. O ex-presidente também declarou seu amor pela nação e disse que sua luta pelo resgate do país é incansável.
lula-obrador.jpg
Presidente do México, Obrador cumprimenta, efusivamente, o possível candidato brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O encontro também teve a participação de representantes da Frente Internacional Brasileira contra o golpe (Fibra), do Seminário de estudos brasileiros da Universidade Nacional do México (Sembrar), do Coletivo Maya de brasileiros na República Dominicana e do Coletivo Passarinho de Buenos Aires, na Argentina.

Situação difícil

Sobre a eleição deste ano, Lula se mostrou otimista e afirmou que há muito a ser feito no Brasil agora, como havia em 2003. Ele reforçou que o aparente cenário pessimista será superado, assim como no seu primeiro mandato. — Nós provamos que é possível o povo governar o país. Eu tenho consciência que nós não fizemos tudo, eu tenho consciência da dívida que nós temos com a sociedade brasileira. Eu tenho consciência hoje de quanto é possível fazer mais, mesmo com toda dificuldade que nós vamos pegar o Brasil. Pior do eu peguei em 2003, pior, muito pior — calcula. Ainda segundo o líder petista, “naquele tempo quando a gente pegou o Brasil em 2003, vocês eram muito jovens porque já faz 20 anos, mas naquele tempo diziam que a gente não podia governar o Brasil”. — O Brasil tinha 12% de inflação, 12% de desemprego, devia 30 bilhões de dólares ao FMI. O Brasil não podia pagar as suas importações. E o que que nós fizemos? Nós diminuímos a dívida pública. Nós pagamos o FMI e depois emprestamos 15 bilhões pro FMI e ainda fizemos uma reserva de US$ 370 bilhões que é o que sustenta esse país — acrescentou o ex-presidente.

Prestígio

Acompanharam o ex-presidente na comitiva e no encontro com os brasileiros a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PR), o senador Humberto Costa (PT-PE) e os ex-ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Aloizio Mercadante (Educação). A vereadora de Belém do Pará, Lívia Duarte (PSOL) que estava no México durante a passagem da comitiva de Lula, também participou do encontro. — Como comitiva, temos recebido muita solidariedade do governo de Obrador — elogiou Aloizio Mercadante, durante a reunião. O ex-ministro relembrou os golpes na América Latina e citou os processos contra Rafael Correa, Evo Morales e Lula da Silva. O diplomata Celso Amorim também falou, no encontro, sobre o prestígio que Lula tem recebido atualmente. — É emocionante e muito forte perceber que há 3 anos estávamos visitando Lula na prisão e agora ver Lula entrar nos palácios e ser recebido como nunca nenhum outro ex-chefe de Estado brasileiro foi recebido — concluiu.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo