De acordo com a Turquia, a Suécia e a Finlândia, até agora, rejeitaram os seus pedidos para extraditar um total de 33 suspeitos supostamente ligados ao PKK e ao movimento Gulen, que, segundo o governo de Recep Tayyip Erdogan, estavam por trás da tentativa fracassada de golpe em 2016.
Por Redação, com Sputnik - de Ancara
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a Turquia não pode falar "sim" para cada proposta interna da Otan, embora sempre tenha apoiado a aliança.
– Nós sempre apoiamos a aliança, o espírito de união. Mas não podemos falar 'sim' para cada proposta, não podemos falar 'sim' a uma aliança com os países que apoiam o terrorismo que ameaça a segurança turca – declarou.
De acordo com Erdogan, a visita das delegações da Suécia e Finlândia à Turquia, que está prevista para segunda-feira para discutir a adesão à Otan, não faz sentido e não é necessária.
– Eu já falei que eles não precisam se incomodar. Isso é desnecessário. Nós não cometeremos o mesmo erro duas vezes – afirmou.
Além disso, Erdogan afirmou que a Turquia pede aos membros da Otan que respeitem as preocupações de Ancara com a segurança.
– Se somos aliados, então é preciso respeitar e apoiar as preocupações de Ancara sobre as questões de segurança, sobre as questões de nossas fronteiras. Nós vemos que não há essa atitude – declarou.
Posição clara
Ancara afirma que os dois países nórdicos não têm uma posição clara sobre o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK na sigla em curdo).
O PKK, segundo o governo turco, é uma organização terrorista e uma força paramilitar que opera no sul e leste da Turquia e busca mais autonomia ou mesmo independência total do controle de Ancara.
De acordo com a Turquia, a Suécia e a Finlândia, até agora, rejeitaram os seus pedidos para extraditar um total de 33 suspeitos supostamente ligados ao PKK e ao movimento Gulen, que, segundo o governo de Recep Tayyip Erdogan, estavam por trás da tentativa fracassada de golpe em 2016.
Além disso, a Suécia e a Finlândia têm um histórico de concessão de asilo político a pessoas da Turquia, principalmente curdos étnicos, algo que Ancara considera inaceitável.