Tony Garcia está liberado para falar à Polícia Federal sobre Lava Jato

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Publicado Quinta, 06 de Julho de 2023 às 15:48, por: CdB

O caso envolvendo Garcia chegou ao Supremo após o empresário conceder entrevistas à imprensa e relatar que teria sido usado como “agente infiltrado” pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores da Operação Lava Jato para gravar investigados nos processos e “perseguir o PT”.


Por Redação - de Brasília

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli determinou a publicação no Diário Oficial da Justiça (D.O.J), nesta quinta-feira, da autorizou para que a Polícia Federal (PF) possa a tomar o depoimento do empresário Antonio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia.

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O empresário paranaense Tony Garcia teria cumprido ordens de Moro em atos criminosos


O caso envolvendo Garcia chegou ao Supremo após o empresário conceder entrevistas à imprensa e relatar que teria sido usado como “agente infiltrado” pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores da Operação Lava Jato para gravar investigados nos processos e “perseguir o PT”.

Após a divulgação do processo, no mês passado, Toffoli determinou a suspensão dos processos contra Garcia,  que estavam em tramitação na 13ª Vara Federal em Curitiba, que é responsável pelas investigações da operação e foi comandada por Moro. Com a decisão, os processos envolvendo o empresário foram enviados ao Supremo e nenhuma decisão poderá ser proferida pela 13ª Vara. Após a divulgação da entrevista de Tony Garcia, o senador Moro alegou ser inocente.

Processo


Garcia é ex-deputado estadual no Paraná e assinou um acordo de colaboração premiada após ter sido investigado no caso Banestado por crimes contra a ordem tributária. O acordo foi celebrado em 2004 por Moro, magistrado que atuou no caso.

Anos depois, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a suspensão do acordo por “suposta omissão” de Garcia e a reativação do processo.

Segundo a defesa do empresário, em março de 2021, Tony Garcia foi ouvido pela juíza Gabriela Hardt, então substituta de Moro, e relatou o “cometimento de crimes” pelo ex-juiz na condução do processo.

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