Senador pede e TCU investiga gastos no cartão presidencial

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Publicado Sexta, 04 de Fevereiro de 2022 às 12:51, por: CdB

Durante a semana, em conversa com seguidores no chamado ‘chiqueirinho’ disposto na entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, Bolsonaro disse que falaria sobre seus gastos durante a transmissão, ao vivo, pela internet na noite passada. O assunto, no entanto, não mereceu um comentário sequer do mandatário neofascista.

Por Redação - de Brasília
Estimulado por pedido de auditoria feito pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou, nesta sexta-feira, uma investigação avançada sobre os elevados gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) usando o cartão corporativo da Presidência da República.
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O senador Contarato (Rede-ES) sofreu uma série de ataques homofóbicos
A corte deverá apurar possíveis irregularidades quanto à publicidade dos gastos. O processo será acompanhado pelo ministro Antonio Anastasia, que assumiu, na semana passada, a vaga deixada após aposentadoria de Raimundo Carreiro. Em sua página no Twitter, o senador petista afirmou que os gastos do atual presidente da República “estão altíssimos, superando seus antecessores, enquanto falta comida na mesa dos brasileiros”.

Gastos secretos

Em outra publicação, Contarato destaca que as despesas do governo de Bolsonaro no cartão corporativo somaram, em 2021, o valor de R$ 12 milhões. Se somados os últimos três anos, o valor chega a R$ 29,6 milhões, 19% a mais do que o total gasto pelas gestões de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) juntas. Contarato lamentou o caráter sigiloso da maioria dos gastos dos cartões corporativos do governo federal, o que seria contrário ao princípio da transparência com o dinheiro público, em sua avaliação. De acordo com uma pesquisa do diário conservador brasiliense Metrópoles Dados do encerramento do ano passado, mais de 98% dos gastos dos cartões da Presidência são classificados como sigilosos. “Nos últimos anos, tem se notado um aumento considerável nos gastos da Presidência da República com cartões corporativos, levantando suspeitas não só sobre gastos eventualmente excessivos e/ou supérfluos, mas também sobre a intenção dos seus usuários, que sabem da (indevida) proteção que lhes garante o sigilo imposto às informações com estes gastos”, destaca o senador do Espírito Santo no documento enviado ao TCU. Durante a semana, em conversa com seguidores no chamado ‘chiqueirinho’ disposto na entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, Bolsonaro disse que falaria sobre seus gastos durante a transmissão, ao vivo, pela internet na noite passada. O assunto, no entanto, não mereceu um comentário sequer do mandatário neofascista.
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