Sem Moro, Ciro se diz disposto a conversar sobre ‘Terceira Via’

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Publicado Terça, 19 de Abril de 2022 às 12:16, por: CdB

O pedetista Ciro Gomes foi questionado, em entrevista, se aceitaria dialogar com o grupo da ‘Terceira Via’, formado por nomes como João Doria (PSDB) e a senadora Simone Tebet (MDB). Na última quinta-feira, a União Brasil (fusão de PSL e DEM) também lançou o nome do presidente do partido, Luciano Bivar, como pré-candidato ao Planalto.

Por Redação - de São Paulo
Pré-candidato à Presidência, o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) afirmou que o ex-juiz Sergio Moro era a única restrição que o impedia de participar das negociações que ocorrem na chamada ‘Terceira Via’, mas afirma que as conversas não podem ser um acordo de pretendentes que replique "essa tragédia que está aí”. Gomes participou do lançamento da pré-candidatura da senadora Leila Barros (PDT) ao Governo do Distrito Federal.
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O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes foi beneficiado com a saída de Moro da corrida presidencial
Após o encontro, o pedetista foi questionado se aceitaria dialogar com o grupo da ‘Terceira Via’, formado por nomes como João Doria (PSDB) e a senadora Simone Tebet (MDB). Na última quinta-feira, a União Brasil (fusão de PSL e DEM) também lançou o nome do presidente do partido, Luciano Bivar, como pré-candidato ao Planalto. O pedetista disse que, há duas semanas, se reuniu com Bivar e com o secretário-geral da União Brasil, ACM Neto. No encontro, afirmou, foi consultado sobre a eventual participação em uma "dinâmica de conversa com essas outras pessoas". ​ — Eu disse a eles que a mim repugnava a ideia de sentar com um inimigo da República como Sergio Moro. Parece que essa questão está vencida. Portanto, a única restrição que eu fazia está superada, aparentemente — afirmou.

Inimigo

Na última pesquisa Datafolha, divulgada no final de março, Ciro aparecia com 6%, tecnicamente empatado com o então pré-candidato do Podemos, que tinha 8%. Nas vésperas do fechamento da janela partidária, Moro deixou o Podemos para se juntar à União Brasil, legenda com mais recursos financeiros e tempo de televisão. Disse que abria mão "nesse momento" de disputar a Presidência. Ciro ironizou o Podemos e disse que o partido "saltou uma fogueira”. — Porque colocar o Moro dentro de um partido significa trazer um inimigo da República para o processo político brasileiro — observou. O presidenciável acusou o ex-juiz de usar áudios para perseguir político e depois se tornar ministro "do outro político que ganhou a eleição" — Moro foi responsável pela condenação do ex-presidente Lula (PT), anulada no Supremo Tribunal Federal (STF), e integrou depois o governo Jair Bolsonaro.
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