Na sessão do Plenário do TSE, realizada na noite anterior, o relator que seria favorável à cassação de Seif surpreendeu com um parecer não pela improcedência do pedido, mas pela produção de provas a respeito das viagens aéreas. A maioria do colegiado seguiu o voto do relator, determinando que sejam realizadas as seguintes providências, de acordo com informações do TSE.
Por Redação - de Brasília
O vento que era contrário ao senador Jorge Seif (PL-SC), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), virou a favor depois de uma conversa entre ele e o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes. Relator do caso, o ministro Floriano Azevedo converteu a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que poderia resultar na cassação do mandato parlamentar, em meras diligências, ao alegar que não haveria provas robustas de que a campanha do senador cometeu o crime de abuso de poder econômico. Diante da possível perda da cadeira, no Senado, Seif teria dito a Moraes que iria parar os ataques a ministros da Suprema Corte em seus discursos, segundo apurou a mídia conservadora.
Na véspera, antes do TSE retomar o julgamento de Seif, era voz corrente no meio jurídico que o relator do processo mudou radicalmente de ideia em seu parecer. Floriano, de acordo com o diário conservador carioca O Globo, havia deixado prontos dois relatórios divergentes sobre o caso, sendo o primeiro a favor da cassação. Ele chegou a distribuir cópias aos colegas por e-mail "há algumas semanas", noticiou o site de notícias online Jornal GGN, do editor Luiz Nassif.
Surpresa
"Mas os ventos mudaram de direção depois que Seif, com ajuda de Tarcísio de Freitas, fez uma peregrinação nos gabinetes dos ministros do TSE, na tentativa de reverter a cassação que já era dada como certa. Foi nesse contexto que teria se dado a agenda com Moraes. O julgamento começou no início de abril. Desde então, duas sessões foram adiadas no TSE (primeiro porque o relator faltou por “questões familiares”; depois, porque Moraes fez viagem internacional), e o debate ficou paralisado na leitura do relatório (sem parecer final), e na sustentação oral das defesas e do Ministério Público, faltando o voto dos ministros", acrescentou Nassif.
Na sessão do Plenário do TSE, realizada na noite anterior, o relator que seria favorável à cassação de Seif surpreendeu com um parecer não pela improcedência do pedido, mas pela produção de provas a respeito das viagens aéreas. A maioria do colegiado seguiu o voto do relator, determinando que sejam realizadas as seguintes providências, de acordo com informações do TSE.