Secretaria anuncia fim da Operação Verão no litoral paulista

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Publicado Terça, 02 de Abril de 2024 às 14:44, por: CdB

Com o fim da Operação Verão, o governo paulista anunciou a ampliação no efetivo policial nas principais cidades da Baixada Santista. “No final de fevereiro, 341 PMs, entre soldados, cabos e sargentos, passaram a atuar na região.


Por Redação, com Poder360 - de São Paulo


A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) anunciou na segunda-feira o fim da Operação Verão. De acordo com o órgão, desde dezembro, 1.025 suspeitos foram presos e 56 morreram em confronto com a polícia na Baixada Santista, no litoral sul de São Paulo.




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Agora, o número de policiais nas ruas será ampliado, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo

Dentre os presos, 438 eram procurados pela Justiça, além de 47 menores apreendidos, informou a SSP-SP. As polícias Civil e Militar apreenderam 2,6 toneladas de drogas e 119 armas de fogo ilegais no período.


Também segundo a SSP-SP, a operação resultou na redução de roubos em 25,8% em Santos, São Vicente e Guarujá no 1º bimestre de 2024, ante o mesmo período do ano anterior. “Em toda a Baixada Santista, fevereiro de 2024 foi o mês com a menor taxa de roubos da série histórica, iniciada em 2001”, disse em nota.


Com o fim da Operação Verão, o governo paulista anunciou a ampliação no efetivo policial nas principais cidades da Baixada Santista. “No final de fevereiro, 341 PMs, entre soldados, cabos e sargentos, passaram a atuar na região. Além disso, há previsão no aumento de policiais civis com a formação de novos agentes neste ano”, afirmou.


O secretário de Segurança Público do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, avaliou que “a operação cumpriu os seus objetivos”. Segundo ele, “agora, com a ampliação do efetivo, podemos dar continuidade a esse combate, que será constante”.



Operações policiais na Baixada


Em julho de 2023, São Paulo deflagrou a operação Escudo como uma resposta à morte de Patrick Bastos Reis, policial militar da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), durante patrulhamento no Guarujá (SP). A medida deixou ao menos 28 mortos em cerca de 40 dias.


Já em dezembro de 2023, o governo local anunciou uma nova ação policial, que funciona como uma extensão da anterior. Nomeada de Operação Verão, a iniciativa destinou um reforço de 3.108 policiais militares em 16 municípios do litoral sul e norte do Estado. Depois da morte do soldado Samuel Wesley Cosmo, também PM da Rota, em 2 de fevereiro, o governo de São Paulo lançou uma nova fase para intensificar a presença policial nas ruas.


A terceira fase da operação teve início pouco tempo depois, em 7 de fevereiro, também provocada pela morte de mais um PM, o cabo José Silveira dos Santos. À época, o governo estadual instalou um gabinete de Segurança Pública em Santos e reforçou o patrulhamento nas cidades do litoral paulista.


O número de mortes, tanto na operação Escudo como na Verão, provocou uma série de movimentações por parte de organizações de direitos humanos. Em 16 de fevereiro, a ONG Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog enviaram um apelo à CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) e à ONU (Organização das Nações Unidas) pelo fim da operação e a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais.


A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, a Defensoria Pública estadual e alguns congressistas também estiveram na Baixada Santista para colher depoimentos de moradores sobre abordagens violentas, tortura e execuções por parte dos policiais.



Tarcísio “nem aí”


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), disse em 8 de março estar “nem aí” para as repercussões negativas das operações policiais no Estado. Afirmou que tem “muita tranquilidade” sobre o que tem sido feito e foi elogiado por empresários e juízes.


– Essa semana, tive a Intermodal. Aí cheguei na Intermodal, tem lá uma série de empresários da Baixada Santista que operam no Porto de Santos. O que eu ouvi: ‘Tarcísio, muito obrigado pelo o que vocês estão fazendo. Nunca ninguém fez isso’. Eu ouvi isso do Judiciário. Então, sinceramente, nós temos muita tranquilidade em relação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não estou nem aí – declarou Tarcísio a jornalistas.




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