A Cedro do Líbano Comércio de Madeira e Materiais para Construção, alvo das investigações, “recebeu R$ 16,6 milhões e desembolsou R$ 16,6 milhões entre o começo de janeiro de 2020 e o fim de abril deste ano.
Por Redação - de Brasília
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vazado para mídia conservadora, nesta sexta-feira, revela movimentação "incompatível" nas contas da empresa investigada por suposto financiamento das despesas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Os valores são milionários.
A Cedro do Líbano Comércio de Madeira e Materiais para Construção, alvo das investigações, “recebeu R$ 16,6 milhões e desembolsou R$ 16,6 milhões entre o começo de janeiro de 2020 e o fim de abril deste ano. A movimentação de R$ 32,2 milhões foi considerada incompatível com o porte, o patrimônio, a atividade e a capacidade financeira da empresa”, afirma o documento encaminhado à Justiça.
A aparente incompatibilidade entre o porte e a estrutura com o volume transacionado a crédito, no período analisado, demonstra um suposto uso da conta bancária para transações ilegais, “com recursos provenientes de atividades não declaradas", diz trecho da apuração do Coaf.
Inquérito
Os detalhes sobre as movimentações financeiras "atípicas" da empresa foram enviados à CPI em 8 de janeiro. A Cedro do Líbano está sendo investigada em um inquérito da Polícia Federal (PF) em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
O relatório do Coaf aponta, ainda, duas outras transferências bancárias de R$ 8.330,00 cada para o sargento Luís Marcos Dos Reis, um dos militares da equipe de Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro. Cid e Reis permanecem presos desde maio, sob suspeita de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro.