Dois mandados de busca e apreensão foram expedidos pela juíza federal Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves, da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, no âmbito de um inquérito aberto pela Polícia Legislativa. Na mansão do empresário, as autoridades encontraram 10 armas e mais de 3 mil munições.
Por Redação - de Macapá
A Polícia Federal (PF) e a Polícia Legislativa do Senado realizaram, na manhã desta quinta-feira, uma operação conjunta que resultou na prisão em flagrante do empresário bolsonarista Júlio Farias, na capital amapaense. Dono de uma rede de postos que leva o seu nome, ele é autor de uma série de ameaças contra o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Dois mandados de busca e apreensão foram expedidos pela juíza federal Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves, da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, no âmbito de um inquérito aberto pela Polícia Legislativa. Na mansão do empresário, as autoridades encontraram 10 armas e mais de 3 mil munições. O arsenal reúne itens como fuzil, pistolas semi-automáticas e um revólver calibre 38.
Júlio Farias foi preso em flagrante pela PF por causa de um silenciador para fuzil comprado ilegalmente. O acessório é considerado de uso restrito e, por isso, sua posse seria vedada pelo Estatuto do Desarmamento.
Igual ao STF
De acordo com agentes que participaram da operação e falaram à jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, Júlio Farias não apresentou resistência ao cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Ele agora deverá ser ouvido em audiência de custódia, e caberá à Justiça definir qual será o seu destino.
A 12ª Vara Federal Criminal de Brasília determinou a suspensão do porte de armas de fogo registradas em nome do empresário e ordenou que ele mantenha uma distância mínima de 200 metros de Randolfe Rodrigues.
Na entrada de casa do empresário, os policiais encontraram uma placa que apresentava os dizeres "atenção: do muro para dentro, agimos igual ao Supremo Tribunal Federal (STF). Acusamos, julgamos e executamos a pena!".