Polícia investiga suspeitos de comercializar toneladas de ouro ilegalmente

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Publicado Sexta, 01 de Dezembro de 2023 às 12:53, por: CdB

Durante as investigações iniciadas a partir do material apreendido naquela ação, a PF identificou a existência de indícios de uma organização criminosa composta por empresas sediadas nos Estados do cumprimento das buscas.


Por Redação, com ACS - de Brasília


Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Eldorado, em investigação que apura a existência de organização criminosa voltada à intermediação de compra e venda de ouro ilegal e lavagem de dinheiro, com a remessa do minério para outros países.




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Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Santo André e Balneário Camboriú

Os mandados foram cumpridos nas cidades dos investigados e onde eles mantêm suas empresas responsáveis pelo esquema: em São Paulo/SP (2), em Santo André/SP (2) e em Balneário Camboriú/SC (1). Apesar de investigação ocorrer na Superintendência da PF no Amapá, nenhum mandado foi cumprido no Estado.


A ação é um desdobramento da Operação Au92, deflagrada em março de 2022 pela PF do Amapá, que investigou o comércio ilegal de ouro e urânio, oportunidade em que 11 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva foram cumpridos nos estados do Amapá, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte e Tocantins.


Durante as investigações iniciadas a partir do material apreendido naquela ação, a PF identificou a existência de indícios de uma organização criminosa composta por empresas sediadas nos Estados do cumprimento das buscas, que possivelmente adquirem o produto ilícito através de intermediários de compra e venda, para, em seguida, nacionalizar o ouro e assim, enviá-lo para o exterior.


Além da aquisição de ouro extraído ilegalmente no país, cujo um dos locais é o Amapá, essas pessoas são suspeitas de adquirir ouro proveniente de países da África, especialmente Serra Leoa, e nacionalizá-los, dando uma falsa roupagem de legalidade à produtos de origem não declarada.


Segundo as investigações, esse grupo teria movimentado toneladas de ouro e vinha armazenando esse minério em casas de custódia.


Os investigados poderão responder pelos crimes de usurpação de bens da união, organização criminosa, receptação dolosa e lavagem de capitais. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 27 anos de reclusão, mais pagamento de multa.



Comercialização ilegal de madeira


A Polícia Federal no Maranhão, juntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) Batalhão Ambiental e brigadistas do ICMBio, deflagrou na terça, a segunda fase da operação Araribóia Livre, com o objetivo de reprimir comércio irregular de madeira extraída da Terra Indígena Araribóia, localizada no sudoeste do estado. A ação ocorre no município de Buriticupu/MA e emprega mais de 100 agentes públicos.


Até o momento, 32 empreendimentos madeireiros foram alvos de fiscalização, 74 motores foram destruídos, 11 pessoas foram conduzidas por possuir madeira sem comprovação da origem e também por não possuírem licença para o funcionamento do estabelecimento. Três foram presas em flagrante.


O trabalho da Polícia Federal conta com o Programa Brasil M.A.I.S, ferramenta adquirida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública que possibilita o recebimento de imagens de alta definição.


Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de receptação qualificada, e ter em depósito produto de origem vegetal sem licença válida, dentre outros.


A operação se trata de uma continuidade de série de medidas que vem sendo adotada no ano de 2023 para frear e reprimir os ilícitos ambientais na Terra Indígena.




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