Publicado Segunda, 02 de Maio de 2022 às 12:15, por: CdB
Sem conseguir se aproximar de Lula e Bolsonaro que, juntos, têm cerca de 70% das intenções de votos, Ciro tenta assegurar alianças em Estados com maior número de eleitores, mas esbarra em obstáculos. Isso porque para alavancar a campanha, pré-candidatos a governos e cargos eletivos federais e estaduais buscam atrelar seus nomes aos dos dois primeiros colocados.
Por Redação - de São Paulo
A polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro, (PL) isolados no topo das pesquisas de intenção de voto, é um dos principais entraves encontrados por Ciro Gomes, pré-candidato do PDT, para montar palanques no país. Gomes se mantém consistentemente em terceiro lugar na disputa presidencial.
Ciro tem perdido cada vez mais espaço entre os eleitores, com a polarização entre Lula e Bolsonaro
Nas duas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas pelo Datafolha, o presidenciável aparecia em empate técnico com Sergio Moro (União Brasil). A desistência quase certa do ex-juiz suspeito e incompetente da disputa, no entanto, terá pouco impacto para o pedetista —a maior parte dos votos migra para Bolsonaro.
Sem conseguir se aproximar de Lula e Bolsonaro que, juntos, têm cerca de 70% das intenções de votos, Ciro tenta assegurar alianças em Estados com maior número de eleitores, mas esbarra em obstáculos. Isso porque para alavancar a campanha, pré-candidatos a governos e cargos eletivos federais e estaduais buscam atrelar seus nomes aos dos dois primeiros colocados.
Lula
Isso acaba gerando dúvidas até em palanques em que o PDT considerava o apoio praticamente assegurado, como é o caso de Minas Gerais. No Estado, o PSD de Gilberto Kassab lançou o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil como pré-candidato ao governo.
Em fevereiro, Ciro esteve na capital mineira quando o PSD ainda tinha o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), como pré-candidato à Presidência. Na visita, o pedetista expressou respeito à decisão do partido de Kassab de apostar em um nome próprio, mas não deixou de fazer acenos ao ex-prefeito de BH.
No mês seguinte, Pacheco desistiu da corrida presidencial. Desde então, o PSD não preencheu a vaga de presidenciável e Kalil tem se aproxima de Lula.