PL reforça pedido de anulação imediata do mandato do senador Sérgio Moro

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Publicado Quinta, 26 de Janeiro de 2023 às 13:16, por: CdB

O processo, aberto desde novembro do ano passado, tornou-se público nesta semana após o fim do sigilo determinado pelo desembargador Mário Helton Jorge, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

Por Redação - de Brasília
No pedido de anulação do mandato do senador eleito Sérgio Moro (União Brasil), o Partido Liberal (PL) argumenta que as acusações que pesam contra o ex-juiz são semelhantes àquelas que justificaram a cassação da ex-senadora Selma Arruda, conhecida como “Moro de saias”, em 2020. Na ação em curso no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL) e que esteve ao lado do ex-mandatário neofascista durante a campanha presidencial é acusado de abuso de poder econômico e caixa dois.
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Ex-juiz suspeito e incompetente Sergio Moro é alvo de investigação
O processo, aberto desde novembro do ano passado, tornou-se público nesta semana após o fim do sigilo determinado pelo desembargador Mário Helton Jorge, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O partido de Bolsonaro quer que a cadeira do Estado no Senado seja assumida interinamente pelo deputado federal Paulo Martins (PL-PR), segundo colocado na disputa que elegeu o ex-juiz, e alega que o braço-direito e primeiro suplente de Moro, o advogado Luís Felipe Cunha, se beneficiou com contratações que ultrapassam R$ 1 milhão do União Brasil e do Podemos.

Vantagem

A acusação afirma, ainda, que o senador obteve vantagem com a estrutura e a exposição midiática de sua pré-candidatura à Presidência, comprometendo o equilíbrio com os demais candidatos ao Senado. "O que se inicia como uma imputação de arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas, passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral", pontua um trecho dos autos. Da mesma forma que Moro, a ex-juíza realizou despesas com fins eleitorais, como a contratação de empresas de pesquisa e de marketing, antes do início oficial do período de campanha, e, segundo o julgamento da Corte, saiu com vantagem em relação aos demais candidatos. Na ação, o PL lembra que a ex-juíza “perdeu o mandato eletivo justamente por ter se beneficiado de serviços tipicamente eleitorais em período vedado”, relacionando o caso à conduta de Moro.

Outro lado

“O conjunto das ações dos investigados (Moro e seus suplentes) é orquestrado de forma a usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor (a disputa pelo Senado), carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente. O estratagema culminou no colapso irremediável da igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de senador no Estado do Paraná”, resume o PL, na ação em curso. Procurado por repórteres, Moro afirmou que ele e seus suplentes aguardam notificação pela Justiça Eleitoral, mas disse ter certeza da lisura de suas ações.
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