PGR pede investigação sobre ações de Google e Telegram

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Publicado Quinta, 11 de Maio de 2023 às 13:41, por: CdB

A Câmara argumenta que as empresas querem proteger seus interesses econômicos e, para isso, "têm lançado de toda sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação.


Por Redação, com Tecnoblog - de Brasília


Os posicionamentos de Google e Telegram contra o PL 2.630/2020, também conhecido como PL das Fake News, continuam gerando reações. Após notícia-crime do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu abertura de inquérito para investigar as duas empresas. O caso deverá ser analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).




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PGR pede investigação sobre ações de Google e Telegram contra PL das Fake News

Lira acionou a PGR com uma notícia-crime. Ele afirma que Google e Telegram realizam uma ação "contundente e abusiva" contra a aprovação do PL 2.630.


A Câmara argumenta que as empresas querem proteger seus interesses econômicos e, para isso, "têm lançado de toda sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando-se de sua posição hegemônica no mercado".


Por isso, a Casa considera que Google e Telegram podem ter cometido crimes contra as instituições democráticas, a ordem consumerista, a economia e as relações de consumo.


Para Lindôra Araújo, vice-procuradora-geral da República, é preciso esclarecer essas condutas. Ela pediu o depoimento dos diretores e a preservação, extração e juntada de todas as postagens, publicações e mensagens.



Google e Telegram publicaram textos contra PL das Fake News


O choque entre as empresas e as autoridades começou em nos primeiros dias de maio. O Google colocou em sua home um link para o texto "Como o PL 2.630 pode piorar a sua internet".


A atitude gerou reações do STF, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e do Ministério Público Federal (MPF).


Entre as acusações, estavam publicidade não sinalizada, abuso de poder econômico, favorecimento de conteúdos e prejuízo ao direito de informação.


O Google negou que estaria ampliando o alcance de páginas contrárias ao PL e defendeu que sua manifestação é "pública e transparente". A Senacon determinou a remoção do link para o texto de sua página inicial.


Na terça-feira, o Telegram publicou um texto em seu canal oficial no Brasil, usado para atualizações sobre o serviço e o app. A empresa dizia que a democracia estava sob ataque no Brasil e que o PL 2.630 poderia dar poder de censura ao governo.


Na quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes ordenou que o Telegram apagasse a mensagem e disparasse uma nova aos usuários, onde deveria escrever que havia "distorcido a discussão e os debates".



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