PF prende ex-servidor da Funai suspeito de abuso sexual

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Publicado Quarta, 20 de Março de 2024 às 15:02, por: CdB

O preso é suspeito de abusar sexualmente de ao menos 20 adolescentes e mulheres indígenas durante o período em que era servidor da Funai. Alguns abusos teriam ocorrido na sede da Fundação.


Por Redação, com ACS - de Brasília


A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Hipólita para combater a prática de crimes de importunação sexual e corrupção passiva praticados contra indígenas.




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Preso é suspeito de abusar sexualmente de 20 mulheres e adolescentes em Nova Olinda do Norte/AM

Policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em desfavor de um ex-servidor da Funai, em Nova Olinda do Norte/AM.


O preso é suspeito de abusar sexualmente de pelo menos 20 adolescentes e mulheres indígenas durante o período em que era servidor da Funai. Alguns abusos teriam ocorrido na sede da Fundação.


A nome da operação tem referência à mitologia grega, na qual Hipólita era líder da Amazonas, em analogia a força física e mental que as indígenas de várias etnias da cidade de Nova Olinda do Norte tiveram para denunciar os crimes sexuais praticados pelo ex-servidor, que permaneceu na coordenação técnica local por mais de 10 anos.



Homicídio de adolescente na Terra Indígena Cacique Doble


A Polícia Federal deflagra, nesta quarta-feira, nova fase da Operação Menés, para restabelecer a ordem pública e apurar  a autoria e circunstâncias do homicídio de uma menina de 13 anos de idade e a tentativa de homicídio dois jovens indígenas, de 15 e 23 anos. Os fatos ocorreram em 14 de dezembro de 2023, motivados pela disputa pela liderança da Terra Indígena (TI) Cacique Doble.


A ação mobiliza cerca de 70 policiais federais e 60 integrantes do Batalhão de Choque da Brigada Militar de Passo Fundo para o cumprimento 13 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão (5 preventivas e 6 temporárias), expedidos pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo, na reserva indígena e na cidade de Cacique Doble/RS.


A onda de conflitos na reserva indígena teve início em agosto de 2022, quando quatro indígenas foram vítimas de tentativas de homicídio por disparos de armas de fogo. Durante a investigação da Polícia Federal, três membros da liderança da reserva foram presos preventivamente.


A partir de então, uma nova liderança se estabeleceu, composta por integrantes do grupo opositor, que não foi aceita pelos apoiadores do cacique anterior. A disputa pelo poder gerou um conflito permanente, com uma série de crimes praticados pelos dois grupos rivais, como homicídios, tentativas de homicídio, lesões corporais, danos, porte ilegal e disparos de armas de fogo, ameaças, incêndios criminosos e formação de milícias privadas.


Tamanho foi o nível de insegurança que as aulas e o posto de saúde da comunidade chegaram a ser fechados por um período no ano passado.


O conflito já resultou em três mortos em eventos diferentes, além de várias tentativas de homicídio, sendo um deles o assassinato da adolescente de 13 anos, no final do ano passado, fato que gerou grande comoção social.


A deflagração da Operação Menés é uma reposta do estado para proteção da vida e da pacificação da comunidade indígena, vítima da violência estabelecida pelos grupos que brigam pelo poder na reserva.




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