PF investiga grupo criminoso responsável por fraude aos Correios

Arquivado em:
Publicado Quarta, 10 de Abril de 2024 às 14:03, por: CdB

Durante a investigação restou comprovado que o grupo oferecia seus serviços principalmente para pequenos negócios de e-commerce, que eram atraídos por tarifas muito baixas, incompatíveis com os preços praticados no mercado pelos próprios Correios ou outras empresas de logística.


Por Redação, com ACS - de Brasília


A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Fake Tags, que investiga a comercialização de etiquetas para postagem de encomendas originadas de contratos fraudados na plataforma Correios Fácil.




operacao.jpeg
Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Três Lagoas/MS e Ipatinga/MG

Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Três Lagoas/MS e Ipatinga/MG expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal em Caicó/RN.


Durante a investigação restou comprovado que o grupo oferecia seus serviços principalmente para pequenos negócios de e-commerce, que eram atraídos por tarifas muito baixas, incompatíveis com os preços praticados no mercado pelos próprios Correios ou outras empresas de logística.


No Rio Grande do Norte, foi cometido grande fluxo da fraude por pequenos comerciantes das cidades de Serra Negra do Norte e Caicó, o que chamou a atenção da Área de Segurança Corporativa dos Correios que passou a monitorar a irregularidade e realizou a retenção de 215 objetos postais no centro de distribuição em Natal, com volume aproximado de 16m³ de mercadorias postadas de forma ilegal.


A colaboração dos Correios e as diligências realizadas durante a investigação permitiram identificar um suspeito em Três Lagoas, apontado como responsável pela formalização de ao menos três contratos fraudulentos elaborados a partir do uso de dados de empresas inexistentes.


As investigações também apontaram que uma mulher, residente em Ipatinga/MG, é suspeita de participação no crime e agia intermediando e promovendo a venda das etiquetas para pessoas em diversos pontos do país, enquanto que no RN foram identificados outros dois intermediários que vendiam as etiquetas fraudadas na cidade de Caicó.


Os levantamentos também identificaram diversos comerciantes que fizeram uso do artifício para diminuir o custo com frete e remeter seus produtos a clientes de outras partes do país. Assim, ao explorar a fraude, o grupo conseguia colocar mercadorias no fluxo postal e as faturas vinculadas aos contratos não eram pagas, restando prejuízo consolidado para os Correios.


Durante a investigação, a Polícia Federal conseguiu ainda vincular cerca de 69 contratos fraudados ao grupo investigado, os quais geraram um prejuízo para os Correios que supera R$ 2,7 milhões.


Os investigados responderão pelo crime de estelionato qualificado, cuja pena máxima pode ultrapassar seis anos de reclusão, além de multa.



Tráfico de drogas no porto de Santana


A Polícia Federal, com o apoio do GAECO/MP, Polícia Civil (DRACO) e 4º Batalhão da Polícia Militar, deflagrou na manhã desta quarta-feira a Operação Blind Diving, com o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária.


O objetivo é desarticular grupo criminoso especializado em tráfico de drogas, que atua na colocação dos entorpecentes em cascos de navios. Mais de 50 policiais de todas as forças cumpriram os mandados nos municípios de Macapá/AP e Santana/AP, no porto e na residência utilizadas pelos investigados. A ação contou ainda com o trabalho especializado dos mergulhadores da Polícia Federal vindos dos Estados do Espírito Santo e Pernambuco.


A investigação se iniciou após denúncia de que indivíduos, oriundos do estado de São Paulo e do Rio Grande do Norte estariam em Macapá com o intuito de acoplar no casco de um navio substância entorpecente para ser retirada ao chegar no seu destino. A prática já foi observada em outros portos espalhados pelo país.


Após levantamentos verificou-se que os indivíduos têm antecedentes criminais por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, estelionato e outros, em diversos estados brasileiros.


A investigação constatou ainda que os homens foram algumas vezes até o Porto de Santana/AP, bem como em lojas de Macapá comprar equipamentos, entre eles, compressor portátil, que é comumente utilizado para cilindros de ar comprimido.


A equipe de investigação realizou acompanhamento dos indivíduos em vários dias da semana durante a madrugada e constatou que eles foram até o igarapé da fortaleza em uma pequena embarcação e pararam em ponto próximo ao navio de grande porte que estava atracado no porto e realizaram mergulhos.


Também deram apoio à investigação a Marinha do Brasil, a Guarda Portuária e o Corpo de Bombeiros Militares. Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa, cujas penas somadas podem levar a 33 anos de reclusão, além do pagamento de multa.




Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo