As medidas foram deflagradas no âmbito do inquérito policial que investiga uma série de ataques à população quilombola residente nos Quilombos Marmorana e Boa Hora, em Alto Alegre do Maranhão. As agressões são imputadas a um fazendeiro da região.
Por Redação, com ACS - de Brasília
A Polícia Federal no Maranhão deflagrou nesta quinta a Operação Dandara. Ao todo, 16 policias federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de intimação de medidas cautelares diversas da prisão nas cidades maranhenses de São Mateus do Maranhão, Alto Alegre do Maranhão e Bacabal.
As medidas foram deflagradas no âmbito do inquérito policial que investiga uma série de ataques à população quilombola residente nos Quilombos Marmorana e Boa Hora, em Alto Alegre do Maranhão. As agressões são imputadas a um fazendeiro da região.
As investigações apontam o investigado como o principal responsável por incendiar residências, destruir lavouras e cercas, além de utilizar homens armados para ameaçar e constranger os quilombolas da região, impedindo que a população vulnerável faça uso da terra para sua subsistência alimentar e cultural.
Nesse sentido, a ação da Polícia Federal, além de representar uma resposta estatal, em sintonia com as solicitações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, busca reprimir as condutas criminosas praticadas, contribuindo para o restabelecimento da segurança, ordem e paz social dentro na terra quilombola.
Além disso, os mandados visam aprofundar as investigações para a elucidação completa das infrações penais praticadas, descobrir eventuais crimes conexos ainda não investigados e identificar os demais envolvidos nas condutas criminosas.
O alvo das buscas é investigado pela prática de incêndio qualificado, dano qualificado e ameaça, além de porte ilegal de arma de fogo.
Ao todo, as penas cominadas aos crimes investigados podem chegar a mais de 16 anos de reclusão, além de multa.
Tráfico de animais da fauna silvestre
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, a Operação Púrpura, para reprimir o tráfico ilegal de fauna silvestre no Rio Grande do Sul.
Na ação, policiais federais cumprium 16 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo.
As investigações iniciaram com o cruzamento de dados de inquéritos policiais em trâmite na Delegacia de Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Federal e informações compartilhadas pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
A apuração identificou a atuação de uma associação criminosa voltada ao cometimento de crimes de tráfico de animais silvestres, receptação e maus-tratos. Os suspeitos atuam no transporte de animais capturados em diversos estados brasileiros e enviados ao Rio Grande do Sul, como saguis, macacos-prego, iguanas, araras e tucanos, entre outros.
O principal investigado, líder da associação criminosa, atua há mais de 20 anos no comércio ilegal da fauna brasileira e já foi flagrado em 15 ocorrências de transporte animais silvestres irregulares e, conforme informações, estaria em prisão domiciliar desde dezembro de 2014.
No Rio Grande do Sul, o grupo atua no transporte de aves da região da campanha, especialmente o cardeal de cabeça vermelha, espécie ameaçada de extinção. As aves são transportadas para a região metropolitana de Porto Alegre para abastecer o comércio local ou enviadas para a região sudeste do Brasil.
O nome escolhido para a operação faz alusão à cor da cabeça e do topete do pássaro cardeal, um dos mais traficados pelo grupo criminoso. Por ser uma ave de extraordinária beleza física e sonora, acaba sendo alvo de traficantes de animais pelo valor que atinge no mercado ilegal.