Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

ONU alerta para avanço neonazista no sul do Brasil, com discursos de ódio

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Sexta, 16 de Agosto de 2024 às 19:58, por: CdB

A relatora também fez um alerta em relação às eleições municipais para que haja  a proteção de candidatos que representam minorias. A declaração de Phukan coincide com a divulgação do painel ‘Candidaturas’, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que subscreve 967 candidaturas de pessoas trans para as eleições municipais de 2024.

Por Redação – do Rio de Janeiro

A relatora especial sobre racismo da Organização Mundial das Unidas (ONU), Ashwini K.Phukan, afirmou nesta sexta-feira que está extremamente preocupada com o avanço de grupos neonazistas no Brasil, especialmente em Santa Catarina. Na entrevista coletiva concedida nesta manhã, Phukan afirmou que as ações do governo brasileiro para combater a ideologia têm sido insuficientes.

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O Rio Grande do Sul, um dos Estados mais conservadores do país, registra ao mesmo tempo o maior número de candidatos transsexuais

— Estou chocada por saber da presença de grupos neonazistas disseminando discurso de ódio e crimes de ódio, e também preocupada com relatos de islamofobia direcionados a migrantes, incluindo pessoas refugiadas e solicitantes de asilo, particularmente em Santa Catarina — disse a relatora, para quem esses grupos representam uma ameaça ao tecido social e “alimentam o racismo e o ódio”.

Ashwini pediu ao governo federal para que intensifique o combate aos grupos nazistas e alertou para a falta de dados desagregados para saber a dimensão do fenômeno. Um dos maiores problemas é a cultura da impunidade.

 

Candidatos

A relatora também fez um alerta em relação às eleições municipais para que haja  a proteção de candidatos que representam minorias. A declaração de Phukan coincide com a divulgação do painel ‘Candidaturas’, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que subscreve 967 candidaturas de pessoas trans para as eleições municipais de 2024.

Os dados também chamam atenção sobre o número de pessoas gays, lésbicas e bissexuais, assexuais e pansexuais: são 2.390 candidaturas.

O registro oficial de candidaturas LGBT+ é uma conquista recente dos movimentos pela democratização da participação política, no país.

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