Nicolás Maduro denuncia novo atentado com drones contra ele

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Publicado Terça, 13 de Julho de 2021 às 06:56, por: CdB

Presidente da Venezuela Nicolás Maduro afirmou que, nos últimos dois desfiles militares, sectores extremistas tinham planos de matá-lo, e garantiu que em 24 de junho as forças de segurança conseguiram neutralizar um novo atentado contra ele.

Por Redação, com Sputnik - de Caracas

Presidente da Venezuela Nicolás Maduro afirmou que, nos últimos dois desfiles militares, sectores extremistas tinham planos de matá-lo, e garantiu que em 24 de junho as forças de segurança conseguiram neutralizar um novo atentado contra ele.
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Presidente da Venezuela denuncia novo atentado com drones contra ele
– Tinham preparado um atentado contra mim em 24 de junho na comemoração do Bicentenário (da Batalha) de Carabobo este ano, outro ataque com drones, nós o derrubamos, o neutralizamos, é a primeira vez que o digo porque a investigação ainda continua até chegarmos a quem dirigiu tudo – afirmou Maduro, de acordo com canal estatal Venezolana de Televisión. Durante um evento realizado na sede do Governo no âmbito de uma reunião da Assembleia Nacional da Venezuela, o presidente do país disse que outro atentado estava planejado para o dia 5 de julho. – Eles tinham preparado um atentado desesperado contra mim em 5 de julho, em plena passagem do desfile cívico-militar – acrescentou.

Grupos armados

Na semana passada, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, declarou que, durante uma operação de segurança contra grupos armados no oeste de Caracas, foram detidos três paramilitares e apreendidas armas dos EUA e da Colômbia como parte de um plano para desestabilizar o país. No início de julho, Maduro denunciou que o chefe do Comando Sul dos EUA e o diretor da CIA estariam forjando um plano contra a Venezuela com o beneplácito dos governos do Brasil e da Colômbia.

Juan Guaidó

O incidente ocorre dias depois de o governo do presidente Nicolás Maduro acusar líder da oposição venezuelana de ter ligações com uma das maiores gangues criminosas do país, desmantelada na semana passada.
O líder da oposição venezuelana Juan Guaidó denunciou na segunda-feira que supostos membros das forças de segurança do país interceptaram seu veículo e ameaçaram prendê-lo. Isso já vivenciamos muitas vezes: a ameaça, a perseguição, a prisão e até o assassinato de companheiros de luta. Eles não nos intimidaram de forma alguma e não o farão. Permanecemos firmes no que buscamos: salvar a Venezuela. – A intimidação nunca nos impediu – afirmou Guaidó a repórteres em declarações feitas no porão de sua residência em Caracas e citado pela agência AP. – Eles nos perseguiram, apontaram armas para nós no nosso portão (de casa) – acrescentou, afirmando que o carro em que estava foi cercado e que os militares ameaçaram abrir as portas do veículo e só se retiraram do local por causa dos protestos de vizinhos. – Foi simplesmente um ato de assédio, de agressão. Isso é bastante irregular, eles entraram no lugar onde moro com minha família, com minhas filhas – insistiu.

Ligações com gangue criminosa

O incidente com Guaidó ocorre dias depois de o governo do presidente Nicolás Maduro acusar líder da oposição venezuelana e seus aliados de terem ligações com uma das maiores gangues criminosas da Venezuela, que foi desmantelada na semana passada. Após 70 horas de confrontos sangrentos entre criminosos e uma força combinada de 2,4 mil oficiais de várias forças de segurança do país, 22 pessoas descritas pelas autoridades venezuelanas como "criminosos" morreram, além de três policiais e um sargento da Guarda Nacional. Maduro, entre outros porta-vozes de seu governo, argumenta que as ações recentes de gangues criminosas fariam parte de um complô para desestabilizar o seu governo e que os criminosos teriam ligações com alguns líderes da oposição, inclusive Guaidó, e seriam apoiados pelos governos de Bogotá e Washington. Os adversários de Maduro rejeitaram as acusações.
 
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