Mesmo com bloqueio pela Justiça, usuários conseguem acesso ao Telegram

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Publicado Quinta, 27 de Abril de 2023 às 15:23, por: CdB

O bloqueio foi determinado pela Justiça Federal no Espírito Santo depois que a empresa que administra o aplicativo deixou de entregar dados sobre grupos neonazistas que utilizam o serviço de mensagens.


Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília


Mesmo com bloqueio determinado pela Justiça Federal na quarta-feira, alguns usuários brasileiros conseguiam utilizar o aplicativo Telegram na manhã desta quinta. O sistema apresentava instabilidades, mas em alguns momentos foi possível enviar e receber mensagens.




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Aplicativo esteve acessível durante parte da manhã para usuários brasileiros

O bloqueio foi determinado pela Justiça Federal no Espírito Santo depois que a empresa que administra o aplicativo deixou de entregar dados sobre grupos neonazistas que utilizam o serviço de mensagens. Os dados foram solicitados pelo judiciario no último dia 19.


A Justiça, na ocasião, deu 24 horas para que a empresa entregasse dados como nomes, CPFs, fotos e endereços dos integrantes de grupos em que eram publicadas mensagens de ódios contra pessoas judias. Em resposta, o Telegram informou que um dos grupos havia sido apagado, e que, por isso, não conseguiria fornecer as informações.



Informações fornecidas


"A despeito da resposta dentro do prazo, as informações fornecidas não atendem à ordem judicial. Salienta-se que a determinação era para que o Telegram encaminhasse os dados cadastrais de todos os integrantes do canal e do grupo de chat", destacou a Polícia Federal.


Além do bloqueio das atividades, a decisão do juiz Wellington Lopes da Silva determinou a aplicação de multa de R$ 1 milhão por dia em caso de novo atraso na entrega dos dados solicitados pela Justiça, relativos a todos os integrantes dos grupos.


– Há grupamentos lá (no Telegram) denominados 'frente antissemita', 'movimento antissemita', atuando nessas redes e nós sabemos que isso está na base da violência contra nossas crianças e nossos adolescentes – disse o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao comentar o caso logo após a confirmação do bloqueio.



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