Mandato de Moro tende a ser encerrado no início do ano que vem

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Publicado Sexta, 08 de Dezembro de 2023 às 19:16, por: CdB

O processo, segundo Juliana Noda, integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), pode se estender além do prazo inicial, devido à complexidade das etapas envolvidas e ao recesso do tribunal, que começa em 20 de dezembro e vai até 7 de janeiro.


Por Redação - de Brasília

Ex-juiz suspeito e incompetente, o hoje senador Sergio Moro (União-PR) participou de uma oitiva no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), concluída na noite passada, que se relaciona ao processo que pode resultar em sua cassação. Acusado de abuso de poder político e econômico, Moro enfrenta ações movidas pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV).

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Sergio Moro está sob o crivo da Procuradoria-Geral da República, no processo sobre enriquecimento ilícito


O processo, segundo Juliana Noda, integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), pode se estender além do prazo inicial, devido à complexidade das etapas envolvidas e ao recesso do tribunal, que começa em 20 de dezembro e vai até 7 de janeiro.

 

Migração


O TRE-PR ainda precisa ouvir sete das oito testemunhas indicadas pela defesa do senador. Até o momento, apenas Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas, compareceu. Após a conclusão das diligências, o relator do processo apresentará seus achados à Corte, e só então o julgamento será agendado.

As acusações contra Moro incluem irregularidades durante sua campanha para o Senado, após desistir da candidatura à Presidência. Segundo os partidos acusadores, Moro teria excedido o limite de gastos permitido por lei, que é de R$ 4,4 milhões, ao gastar R$ 6,7 milhões entre a pré-campanha presidencial e a campanha para o Senado. Além disso, sua migração do Podemos para o União Brasil também é questionada.

A possível cassação de Moro abre a temporada de candidatura ao Senado, no Paraná. O PL aprova a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, enquanto o PT aposta na deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT.

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