Lula é recebido em Paris por multidão em sua homenagem

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Publicado Terça, 16 de Novembro de 2021 às 14:27, por: CdB

Lula destacou que o mérito do título que recebeu é do povo brasileiro e agradeceu a solidariedade que recebeu do povo francês durante o período em que foi vítima de perseguição política. Lula agradeceu à prefeita Anne Hidalgo pelo título de cidadão honorário de Paris. 

Por Redação, com agências internacionais e correspondente - de Paris
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta terça-feira, de conferência no Instituto de Estudos Políticos de Paris, a Sciences Po, que lhe concedeu o título de doutor honoris causa, há 10 anos. Uma multidão lotou o recinto e parte dela se concentrou do lado de fora, onde assistiu à palestra do líder popular por um telão instalado.
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Lula recebeu uma homenagem internacional, no Instituto de Estudos Políticos de Paris, a Sciences Po
— Lula parece um superstar — definiu a correspondente do Correio do Brasil em Paris, Marilza de Melo Foucher, que compareceu ao evento na qualidade de convidada. Lula destacou que o mérito do título que recebeu é do povo brasileiro e agradeceu a solidariedade que recebeu do povo francês durante o período em que foi vítima de perseguição política. Lula agradeceu à prefeita Anne Hidalgo pelo título de cidadão honorário de Paris. — Ao condenar, prender ilegalmente e tentar proscrever minha pessoa, o que se pretendia era condenar um projeto de um país mais justo e soberano, comprometido com a sustentabilidade ambiental e democraticamente integrado ao mundo que os governos do Partido dos Trabalhadores representaram — afirmou Lula, em seu discurso.

Democracia

Ainda segundo o líder popular brasileiro, “ao condenar, prender ilegalmente e tentar proscrever minha pessoa, o que se pretendia era um projeto de um país mais justo e soberano, comprometido com a sustentabilidade ambiental e democraticamente integrado ao mundo que os governos do Partido dos Trabalhadores representaram". O ex-presidente disse que é inevitável comparar a condição que o Brasil havia alcançado nas relações internacionais, com o isolamento que o país se encontra hoje. — É o resultado de uma disputa pelo poder que extrapolou os limites da Constituição e o respeito à democracia, até culminar no golpe, no impeachment sem crime da presidente Dilma Rousseff em 2016, e tudo o que veio depois — acrescentou.

Orçamento

De acordo com o ex-presidente “ o objetivo indisfarçável do golpe era reverter o projeto de país soberano, voltado para o desenvolvimento econômico, social e ambientalmente sustentável com a geração de emprego e distribuição de renda para a intensa maioria historicamente excluída". — Na realidade, o processo de destruição nacional em curso no Brasil só poderia conduzido por um governo antidemocrático, num país envenenado pela indústria das fakes news, e em que a oposição é excluída do debate dos grandes meios de comunicação — pontuou Lula, em seu discurso. Na véspera, em Bruxelas, o ex-presidente garantiu que, como candidato à Presidência do país em 2022, vai lutar para “resgatar a democracia e colocar o pobre no orçamento”. — Quando o pobre tem dinheiro, a economia passa a funcionar”, disse Lula ao defender que, se eleito, promoverá uma grande e forte política de inclusão social no país. O ex-presidente ainda disse que, além de colocar o pobre no orçamento, é preciso colocar o rico no Imposto de Renda para promover a justiça social no país — disse, em sua passagem pela Bélgica.

Alckmin

Em entrevista coletiva, Lula também comentou sobre as especulações em torno do nome do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como seu provável vice na chapa à presidência. Indagado se não teria medo de que com Alckmin se repetisse o episódio de traição do então vice-presidente Michel Temer, que em 2015 e 2016 atuou pelo impeachment de Dilma Rousseff, Lula afirmou que ainda não há qualquer definição de nomes e frisou que não está procurando candidato a vice. Comentando as especulações da imprensa, Lula disse: — Eu tenho 22 candidatos a vice e oito ministros da Economia e eu ainda nem decidi ser candidato. Quanto ao nome do vice, Lula disse que “tem que ser uma pessoa que some”. Sobre Alckmin, ele também afirmou que tem uma “extraordinária relação” com o ex-governador e que não há nada que possa ter acontecido que impeça uma reconciliação entre ambos. — Tenho profundo respeito pelo Alckmin — concluiu.
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