Lula presta solidariedade a portugueses mortos em Gaza

Arquivado em:
Publicado Quinta, 16 de Novembro de 2023 às 19:09, por: CdB

No início desta semana, Lula recebeu um grupo de 32 brasileiros repatriados da Faixa de Gaza que retornaram ao Brasil após um mês do início do conflito. Ao todo, a ‘Operação Voltando em Paz’, montada pelo governo federal, resgatou 1.477 pessoas (1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana) e 53 animais domésticos.


Por Redação - de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais, nesta quinta-feira, para  manifestar seu pesar pela morte de três civis portugueses em um bombardeio na Faixa de Gaza. Ele reafirmou, ainda, sua defesa à repatriação urgente dos civis que permanecem retidos na zona de guerra entre Israel e a Palestina. O governo português confirmou a morte de uma mulher e duas crianças durante o bombardeio israelense no sul de Gaza; além de dois palestinos, parentes das vítimas portuguesas.

lula-1.jpeg
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lembra as vítimas da guerra no Oriente Médio


“Transmito minhas condolências ao governo e ao povo de Portugal pela trágica notícia da morte de três civis daquele país em bombardeio no sul da Faixa de Gaza. Essas pessoas estavam entre os cerca de 3 mil estrangeiros que ainda aguardam para deixar Gaza pelo posto fronteiriço de Rafah. Os civis de muitos países correm risco de vida e precisam ter atendido, no mais breve prazo possível, seu direito de repatriação, a exemplo do que ocorreu com os 32 brasileiros e familiares que já se encontram no Brasil”, publicou Lula na rede social X, ex-Twitter.

No início desta semana, Lula recebeu um grupo de 32 brasileiros repatriados da Faixa de Gaza que retornaram ao Brasil após um mês do início do conflito. Ao todo, a ‘Operação Voltando em Paz’, montada pelo governo federal, resgatou 1.477 pessoas (1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana) e 53 animais domésticos.

 

Resolução


Na noite passada, o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução pedindo a libertação imediata de reféns mantidos pelo Hamas e a implementação de "pausas humanitárias" na Faixa de Gaza. A proposta foi aprovada por 12 votos a favor e 3 abstenções, marcando a primeira resolução desde o início do conflito em 7 de outubro. Israel, contudo, informou que não irá cumprir a decisão do organismo multilateral.

Lula afirmou também que o governo brasileiro recebeu “com satisfação” a notícia da aprovação, pelo CS da ONU, da primeira resolução relativa à atual crise humanitária na Faixa de Gaza, resultante do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. O texto foi apoiado pelo Brasil, que até dezembro ocupa um assento para membros não permanentes no órgão.

“A resolução, com foco na proteção de crianças, proposta por Malta e apoiada pelo Brasil e pelos demais membros não permanentes, foi aprovada com 12 votos a favor. Estados Unidos, Reino Unido e Rússia optaram pela abstenção”, afirmou em nota o Ministério das Relações Exteriores (MRE), nesta manhã. O Itamaraty acrescentou que o texto aprovado exige que as partes cumpram suas obrigações em matéria de direito internacional e do direito internacional humanitário, em especial no que se refere a civis e crianças.

 

Reféns


Segundo a pasta, a resolução pede a implementação de “pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias”, para que ajuda humanitária de emergência possa ser prestada à população civil por agências especializadas da ONU, pela Cruz Vermelha Internacional e por outras agências humanitárias imparciais.

O texto pede também a “libertação imediata e incondicional de todos os reféns” mantidos pelo Hamas e por outros grupos, rejeita o deslocamento forçado de populações civis e demanda a normalização do fluxo de bens e serviços essenciais para Gaza, com prioridade para água, eletricidade, combustíveis, alimentos e suprimentos médicos.

No mês passado, o Conselho de Segurança rejeitou a proposta apresentada pelo governo brasileiro que pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza.

Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo