O Dia do Soldado, comemorado tradicionalmente em 25 de agosto, homenageia o nascimento de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro. Foi a oportunidade perfeita para que o comandante do Exército, general Tomás Paiva, pedisse ao presidente para que as forças terrestres fossem poupadas dos cortes no Orçamento
Por Redação – de Brasília
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participo da cerimônia em celebração ao Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília. Acompanhado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o evento simboliza mais um passo na tentativa do governo Lula de reaproximar-se das Forças Armadas, informa o Metrópoles.
O Dia do Soldado, comemorado tradicionalmente em 25 de agosto, homenageia o nascimento de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro. Foi a oportunidade perfeita para que o comandante do Exército, general Tomás Paiva, pedisse ao presidente para que as forças terrestres fossem poupadas dos cortes no Orçamento e, simultaneamente, que reforçasse o arsenal brasileiro com mísseis mais modernos e blindados de última geração.
Desde o início de seu mandato, Lula tem buscado apaziguar as tensões com as Forças Armadas, um grupo que, durante o governo do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), demonstrou apoio significativo às forças de ultradireita. A relação ficou ainda mais evidente quando apoiadores de Bolsonaro acamparam no QG do Exército em Brasília, em protesto contra a eleição de Lula.
Aposentadoria
Em abril, Lula compareceu ao evento alusivo ao Dia do Exército, onde, apesar de não discursar, a presença do presidente foi significativa. Na ocasião, o comandante Tomás Paiva reafirmou o compromisso das Forças Armadas com a defesa da pátria e dos valores democráticos.
Mais recentemente, Lula fez outro gesto em direção aos militares ao defender a manutenção das condições de aposentadoria dos membros das Forças Armadas, em meio às discussões sobre o pacote de corte de gastos para o Orçamento de 2025.
Embora os cortes no Orçamento do Exército ainda sejam apenas uma proposta, os oficiais já decidiram que não haverá queixas fora das paredes dos quartéis, o que não impediu que Tomás Paiva pedisse maiores investimentos na modernização dos armamentos, o que não é pouca coisa. Não só porque equipamentos obsoletos não levam a lugar algum. Mas porque o aumento da tensão na Venezuela, depois da reeleição de Nicolás Maduro, preocupa os generais.
Cavalaria
Ao longo dos últimos meses, mais venezuelanos têm cruzado a fronteira com Roraima, e as manifestações das forças de ultradireita, contrárias à permanência do presidente recém-eleito, Nicolás Maduro, já chegaram a Santa Helena do Uairén, cidade praticamente na divisa com Pacaraima.
Uma grande movimentação de tropas para a região está em curso, desde o mês passado, com a transferência de de material bélico com alta capacidade de dissuasão. Nessa categoria estão mísseis anticarro, o Guaicurus, um blindado que está em uso no 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Boa Vista, onde hã cerca de 600 tropas estacionadas; além do carro de combate Centauro.