Lula desarticula segurança interna, após quebra de confiança

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Publicado Terça, 17 de Janeiro de 2023 às 15:03, por: CdB

Lula afirmou que os militares devem se ater ao rol constitucional de defesa da soberania em vez de reivindicar um papel de "poder moderador". Em meio a tal clima de desconfiança, o presidente também decidiu fazer uma drástica reformulação nos quadros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Por Redação - de Brasília
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou, nesta terça-feira, 40 militares da Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada, em um decreto publicado no Diário Oficial da União (D.O.U). A residência oficial do presidente passa por um processo de adaptação para receber o Chefe do Executivo e sua família. No início do mês, a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, denunciou as condições lamentáveis do local, com tapetes, móveis e janelas danificados, entre outros pontos.
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, perdeu a confiança em parcela das Forças Armadas
Além de ter encontrado o imóvel em péssimas condições, Lula também vem demonstrando desconfiança em relação aos militares destacados para o entorno do presidente. Em café da manhã com jornalistas na semana passada, o presidente disse estar convencido de que houve conivência e colaboração de soldados das Forças Armadas para que bolsonaristas golpistas cometessem o atentado terrorista em Brasília, no dia 8.

Patentes

Além disso, Lula afirmou que os militares devem se ater ao rol constitucional de defesa da soberania em vez de reivindicar um papel de "poder moderador". Em meio a tal clima de desconfiança, o presidente também decidiu fazer uma drástica reformulação nos quadros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A mais alta patente dispensada da função, na lista que contém patentes das três Forças Armadas, foi o coronel da PM do DF Marcelo de Oliveira Ramos. — Eu perdi a confiança, simplesmente. Na hora que eu recuperar a confiança, eu volto à normalidade — afirmou Lula aos jornalistas. Durante a campanha eleitoral, o presidente teve sua proteção pessoal realizada por agentes e delegados da Polícia Federal.
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