O argumento foi de que Jerry se aproximou indevidamente da colega, mas que os vídeos revelam que não houve intenção dele em assediar a deputada bolsonarista. Com esse argumento, os parlamentares fizeram um apelo para que o caso não seja levado para o Conselho de Ética da Câmara, que deve ser instalado nos próximos dias.
Por Redação - de Brasília
Em uma reunião complicada nesta quinta-feira, em sua residência, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), tentou reduzir a crise entre líderes partidários no caso do suposto assédio do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) à deputada Julia Zanatta (PL-SC). Na reunião, líderes de partidos de esquerda e de centro tentaram contemporizar a atitude do parlamentar.
O argumento foi de que Jerry se aproximou indevidamente da colega, mas que os vídeos revelam que não houve intenção dele em assediar a deputada bolsonarista. Com esse argumento, os parlamentares fizeram um apelo para que o caso não seja levado para o Conselho de Ética da Câmara, que deve ser instalado nos próximos dias.
— Vamos tentar diminuir a temperatura — disse Lira à mídia local.
Resposta
Arthur Lira (PP-AL) ainda comemorava, discretamente, o acordo para retomar o controle do que será o maior bloco partidário da casa legislativa. O “superbloco” reunirá legendas do centro, de direita e da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma demonstração de força do parlamentar alagoano.
O grupo será composto por PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e pela federação Cidadania-PSDB e terá ao todo 175 deputados. O movimento é uma resposta ao bloco formado no fim de março por MDB, PSD, Republicanos, Podemos, PSC, com 142 parlamentares.
O “superbloco” foi anunciado pelo deputado Elmar Nascimento (BA), aliado de Lira e líder do União Brasil na casa legislativa, em um pronunciamento feito no Salão Verde da Câmara dos Deputados na tarde passada.