Publicado Quinta, 28 de Fevereiro de 2019 às 08:17, por: CdB
Faltando 29 dias para o Brexit, os líderes dos dois maiores partidos britânicos foram forçados a fazer mudanças de rumo na abordagem da desfiliação nos últimos dias.
Por Redação, com Reuters - de Londres
O Partido Trabalhista britânico, de oposição, apoiará um novo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia agora que o Parlamento rejeitou seu plano alternativo para a desfiliação, disse seu líder eurocético Jeremy Corbyn, relativizando suas reservas a respeito de uma segunda consulta popular.
Líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, deixa sua casa em Londres
Faltando 29 dias para o Brexit, os líderes dos dois maiores partidos britânicos foram forçados a fazer mudanças de rumo na abordagem da desfiliação nos últimos dias.
Depois de meses dizendo que o Reino Unido precisa sair da UE no prazo de 29 de março, a primeira-ministra, Theresa May, aventou na terça-feira a possibilidade de uma prorrogação curta da data de saída.
Na quarta-feira, Corbyn, que votou contra a filiação em 1975 e apoiou com relutância a campanha de 2016 a favor da permanência, expressou um apoio firme a outro referendo, dizendo que pressionará por ele e por uma eleição nacional.
É a primeira vez desde que os britânicos votaram em 2016 pela saída do bloco que um de seus dois maiores partidos endossa a ideia de dar aos eleitores a chance de mudar de ideia – mas não ficou claro qual seria a pergunta exata.
– Após as votações desta noite no Parlamento, continuaremos a pressionar por um relacionamento econômico próximo baseado no nosso plano alternativo crível ou uma eleição geral – disse Corbyn.
– Também apoiaremos uma votação pública para evitar um Brexit prejudicial dos Tories (conservadores) ou uma falta de acordo desastrosa.
John McDonnell, o número dois do Partido Trabalhista, disse que a sigla proporá uma emenda pedindo um segundo referendo assim que May voltar ao Parlamento com um acordo.
Consenso
O ministro britânico do Brexit, Steve Barclay, disse não haver consenso no Legislativo para outro referendo ou sequer sobre qual pergunta deveria ser feita.
Como o acordo de May foi rejeitado em 15 de janeiro, a maior derrota parlamentar da história britânica moderna, ela espera submeter um pacto reformulado para votação, o que pode acontecer já na próxima semana, mas também pode não ocorrer até 12 de março.
A premiê prometeu que, se seu acordo for descartado, os parlamentares terão a chance de votar no dia seguinte para decidir se separam o país sem um acordo e no dia 14 de março para decidir se pedem à UE que adie o prazo final.