Leve alta de Bolsonaro não influi nas eleições, segundo pesquisas

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Publicado Terça, 19 de Abril de 2022 às 12:33, por: CdB

Há apenas três semanas, Bolsonaro tinha 47% das intenções de voto entre aqueles que dizem ter votado nele no segundo turno daquele ano e 53% de eleitores que não repetiriam o voto. Os demais candidatos, segundo a pesquisa, também herdam parte dos votos bolsonaristas de 2018.

Por Redação - de São Paulo
Pesquisa PoderData, divulgada nesta segunda-feira, mostra que 38% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) em 2018 não têm intenção de repetir seu voto no pleito de 2022. De acordo com o levantamento, houve o crescimento de 15 pontos percentuais em relação ao último levantamento do atual presidente, estimulado pela saída do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) da disputa.
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O ex-presidente Lula permanece na liderança absoluta da corrida eleitoral para este ano
Há apenas três semanas, Bolsonaro tinha 47% das intenções de voto entre aqueles que dizem ter votado nele no segundo turno daquele ano e 53% de eleitores que não repetiriam o voto. Os demais candidatos, segundo a pesquisa, também herdam parte dos votos bolsonaristas de 2018. Mas com variações pouco significativas, à exceção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que consegue converter 17% dos votos. Ciro Gomes (PDT), por exemplo, recebe apenas 3%. Outra movimentação significativa ocorreu entre eleitores que dizem ter votado branco ou nulo no segundo turno de 2018. Há um mês, 53% diziam que votariam em Lula nas eleições de outubro deste ano. Nesta segunda, o volume caiu para 33%. Bolsonaro, por sua vez, oscila dois pontos para baixo, saindo de 16% para 14% neste índice. Ciro Gomes segue como maior preferido de votos neste segmento. O pedetista tinha 15% das indicações há um mês e saltou para 27% nesta nova rodada da PoderData.

Levantamento

Já entre os eleitores que disseram ter votado em Fernando Haddad (PT) em 2018, Lula é quem recebe o maior percentual: 73%. O índice também se movimentou três pontos percentuais para baixo em um mês. Bolsonaro, por sua vez, conseguiu atrair mais 5% dos votos que foram de Haddad no período, saltando de 2% para 7%. Ciro, que tinha 7%, caiu para 2%. O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), por sua vez, saiu de 4% para 1% entre aqueles que votaram no petista. Para chegar aos resultados desta segunda-feira, a PoderData ouviu 3 mil pessoas entre os dias 10 e 12. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

Comparação

A nova pesquisa PoderData mostra ainda que o ex-presidente Lula é o candidato preferencial dos eleitores que se consideram “de centro”, mas este setor perdeu espaço para a direita nos últimos oito meses. Se a eleição fosse realizada só com os centristas, Lula seria eleito no 1º turno com 46% dos votos totais, número que supera a soma dos oponentes neste segmento – outros 16% votariam em Jair Bolsonaro (PL). Apesar do favoritismo, os eleitores que se dizem de centro, hoje, representam apenas 17% do eleitorado, uma queda de 8 pontos percentuais em comparação a agosto de 2021. A direita corresponde a 33% – campo no qual Bolsonaro possui 75% das intenções de voto. Os resultados em um eventual confronto direto entre Lula e Bolsonaro são mais um indicativo de polarização. Bolsonaro ganha por 81% a 14% na direita. Lula vence na esquerda (78% x 12%), no centro (59% x 16%) e entre os que não sabem como responder (52% x 22%).

Favorito

O ex-presidente Lula, no entanto, ainda é franco favorito para ser o novo presidente do Brasil, segundo a Eurasia Group, maior consultoria de análise de riscos políticos do mundo. "A despeito da melhora do desempenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) em pesquisas de avaliação de governo, a consultoria Eurasia Group mantém o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato com mais chances de vencer as eleições deste ano”, relata a agência. Na análise da Eurasia as chances de um candidato da chamada ‘Terceira Via’ ser eleito caíram de 10% para 5%. Nas últimas semanas, o nome do ex-juiz Sergio Moro para disputar o Planalto foi preterido pela direção do União Brasil. Os pré-candidatos do PSDB, João Doria, e do MDB, Simone Tebet, não avançaram nas pesquisas até o momento.
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