Justiça autoriza transferência de Eduardo Cunha para o Rio

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Publicado Quinta, 23 de Maio de 2019 às 09:28, por: CdB

Em 2017, o ex-presidente da Câmara dos Deputados foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, sob a acusação de ter solicitado propina para exploração da Petrobras em um campo de petróleo na África e ter recebido o valor em uma conta na Suíça.

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

A Vara de Execuções Penais da Justiça fluminense aceitou o pedido de transferência de Eduardo Cunha para o Rio de Janeiro. O ex-deputado federal está preso desde 2016 no Complexo Médico Penal de São José dos Pinhais, no Paraná, por causa de investigações da Operação Lava Jato.
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O ex-deputado federal está preso desde 2016
Em 2017, o ex-presidente da Câmara dos Deputados foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pela 13ª Vara Federal de Curitiba, sob a acusação de ter solicitado propina para exploração da Petrobras em um campo de petróleo na África e ter recebido o valor em uma conta na Suíça. A pena foi reduzida para 14 anos e seis meses de prisão por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF). À Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Cunha, mas ainda não recebeu resposta.

Investigação de crimes

Um software inédito, desenvolvido integralmente por peritos criminais federais do Instituto Nacional de Criminalística, foi lançado na quarta-feira durante a Conferência Internacional de Ciências Forenses em São Paulo. O sistema recebeu o nome de Peritus e vai ajudar na resolução de crimes. O sistema possibilita a análise forense de evidências multimídia e integra diversas ferramentas que são dedicadas à elaboração de laudos. O sistema vai permitir a análise de conteúdo de vídeo, comparação facial e fotogrametria forense, que serve para analisar, por exemplo, a velocidade de um veículo a partir de imagens. O sistema deve também apresentar novas funcionalidades como a verificação de edição e de fonte até o final do ano. O maior benefício com esse software é a velocidade na produção de laudos. A expectativa é que o tempo para a elaboração de laudos diminua em até dois terços com a ajuda do Peritus. – O Peritus é um sistema de análise de evidências multimídia, que integra vários softwares, em um só, para que tenhamos mais celeridade no exame de comparações faciais e fotogrametria – disse Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), em entrevista àTV Brasil. “A vantagem é que é um sistema produzido pela própria perícia federal criminal, então ele tem um código aberto que pode ser adaptado à realidade da perícia criminal”. O sistema, segundo Camargo, deve começar a entrar em operação nos próximos meses. Inicialmente, o sistema funcionará apenas na Polícia Federal, mas posteriormente será enviado para todos os institutos de Criminalística do país.

Tráfico de animais silvestres

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira 14 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão como parte da Operação Urutau, contra o tráfico de animais silvestres. A ação é feita em conjunto com o Ministério Público Federal, com a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo a PF, o grupo criminoso comercializava ilegalmente espécies em risco de extinção, como o Macaco-prego, Arajuba, Arara-canindé, Arara-vermelha, Tucano-toco e Papagaio-verdadeiro. Os animais eram caçados na natureza e depois mantidos em cativeiro. De acordo com a polícia, os cativeiros e o transporte dos animais tinham péssimas condições de higiene. Além havia o risco de transmissão de doenças vindas com os espécimes silvestres. Os animais eram vendidos através de páginas na internet e redes sociais nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Minais Gerais e Pará. As investigações apontam ainda que em alguns casos eram falsificadas notas fiscais das vendas.
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