Juros param de cair ao redor do mundo, exceto no Brasil

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Publicado Segunda, 04 de Setembro de 2023 às 19:25, por: CdB

Na América Latina, o mercado ficou menos dovish (isto é, favorável a juros mais baixos) desde o início de agosto, sobretudo no Chile, México e Colômbia. O Brasil não. Os juros futuros caíram depois que o Banco Central (BC) surpreendeu com o corte de 0,50 ponto percentual da Selic em 2 de agosto.


Por Redação, com Bloomberg - de Nova York, NY-EUA, e São Paulo

Muitos bancos centrais de nações emergentes se juntam aos pares de países desenvolvidos ao resistirem às expectativas de uma flexibilização monetária rápida, e os mercados já refletem essa mudança de tom. O Brasil, no entanto, é uma exceção.

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O BC cortou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual na última reunião do Copom


Na América Latina, o mercado ficou menos dovish (isto é, favorável a juros mais baixos) desde o início de agosto, sobretudo no Chile, México e Colômbia. O Brasil não. Os juros futuros caíram depois que o Banco Central (BC) surpreendeu com o corte de 0,50 ponto percentual da Selic em 2 de agosto.

Os juros futuros na América Latina precificam menos cortes de juros do que antes. Na Ásia, os investidores praticamente descartam a perspectiva de uma política monetária mais branda nos próximos 12 meses.

 

Hedge


A mudança foi impulsionada pela retórica de juros “mais altos por mais tempo” do Federal Reserve, (Fed, o banco central norte-americano), mas também pela necessidade de defender as moedas e pela ameaça do El Niño à inflação de alimentos.

Karen Karniol-Tambour, co-CIO do maior fundo hedge do mundo, diz que condições atuais da economia estão muito distantes de cenário precificado por parte do mercado para os juros.

Embora gigantes de investimentos como BlackRock apostem que o ciclo de aperto nos Estados Unidos já chegou ao fim, as expectativas de que a política monetária permanecerá restritiva representam mais problemas para os mercados emergentes.

Um indicador da agência norte-americana de notícias Bloomberg para dívida em moeda local de emergentes registrou perda de 2% em agosto, o pior mês desde fevereiro, enquanto um índice de moedas de emergentes caiu 1,5%.

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